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Sem ajuda externa, Bolsa cai com vencimento de opções

Ações da Vale e da Petrobrás puxaram a queda do índice nesta segunda-feira

Por Alessandra Taraborelli e da Agência Estado
Atualização:

Passado o vencimento de opções sobre ações pela manhã, a Bovespa desacelerou a queda na segunda etapa dos negócios e até flertou com o terreno positivo, impulsionada pela desaceleração das perdas das ações da Vale e Petrobrás. Nos minutos finais, no entanto, as ações voltaram a acentuar as perdas e o índice encerrou em queda. Também contribuíram para esse pregão os dados mistos divulgados mais cedo nos Estados Unidos. Espanha e China, que na semana passada ditaram o mau humor dos investidores, continuam no foco de atenções.

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Embora o vencimento de opções não tenha tido uma briga brava entre comprados e vendidos, as ações da mineradora e da petroleira foram as mais pressionadas, pois o pouco de disputa foi em cima desses papéis. "O ritmo do índice foi comandado pelas ações de Vale e Petrobrás. No meio da tarde, quando os papéis ampliavam a queda, o Ibovespa caía, e vice-versa", disse o operador de uma corretora.

O Ibovespa encerrou com queda de 0,24%, aos 61.954,55 pontos. Na mínima, o índice atingiu 61.465 pontos (-1,03%) e, na máxima 62.688 pontos (+0,94%). Vale lembrar que a máxima foi atingida na primeira hora de pregão e depois a Bolsa virou para o vermelho e permaneceu lá até o meio da tarde, quando começou a esboçar reação, mas não o suficiente para terminar em alta. No mês, a queda passou para 3,96%. No ano, o acumulado positivo foi para 9,16%. O giro financeiro ficou em R$ 9,44 bilhões, sendo que R$ 3,35 bilhões referem-se ao exercício de contratos de opções sobre ações.

As ações ordinárias da Petrobrás perderam 0,31% e a PN, -0,74%. Já o preço do petróleo na Nymex encerrou com alta de 0,1%, a US$ 102,93 o barril.

Vale acompanhou também a queda dos metais em Londres. O papel ON cedeu 1,31% e o PNA, -1,27%. Os contratos futuros de metais básicos fecharam em sua maioria em queda na London Metal Exchange (LME). Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde, o cobre para três meses fechou com retração de 0,08%, a US$ 7.984,00 por tonelada.

As ações ON da Cielo foram o destaque de queda do índice nesta segunda-feira, com declínio de 4,85%. O movimento foi puxado por previsões negativas feitas pelo presidente-executivo do Itaú, em teleconferência sobre a Redecard, Roberto Egydio Setubal. Redecard ON perdeu apenas 0,30%. A diferença de queda entre as duas credenciadoras se justifica pelo ganho acumulado no ano. Cielo tem valorização de mais de 30%, ante ganho de cerca de 16% da Redecard no período.

Nos EUA, o Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo e os estoques das empresas subiram. O lado negativo foi comandado pelo índice de confiança das construtoras de casas dos EUA, que recuou pela primeira vez em sete meses em abril, e pelo índice Empire State de atividade industrial do Fed de Nova York, que caiu para 6,56 em abril, ante 20,21 em março.

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O índice Dow Jones encerrou com ganho de 0,56%. Já o S&P 500 virou no final e registrou leve queda de 0,05%, e o Nasdaq perdeu 0,76%.

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