SÃO PAULO - O desempenho da indústria da construção deve se manter estável em 2015 na comparação com 2014, segundo estimativa do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
A entidade projeta crescimento zero no valor agregado das construtoras em 2015, ante 2014, com queda de 2% do emprego na indústria, na mesma comparação. Além disso, a produção de insumos do setor deve recuar 1,5%, com queda também no comércio dos materiais.
"O mercado imobiliário deverá prosseguir em fase de ajuste, a renda e o consumo das famílias deverão crescer menos e as contratações de obras relacionadas a novos investimentos deverão ocorrer com mais intensidade somente a partir do segundo semestre", disse a entidade em nota.
Com isso, o resultado do setor no ano que vem deverá ser igual ou pior que o registrado em 2014, para o qual a expectativa do Sinduscon-SP é de crescimento na faixa de 0% a 0,5% por cento, ante estimativa anterior de avanço de até 1%.
De acordo com a entidade, os fatores positivos para o setor na política econômica em 2015 devem ser contrabalanceados por outros fatores negativos.
Por um lado, o setor espera que o governo busque a recuperação da confiança dos investidores, o controle da inflação, o impulso às obras de infraestrutura e a contratação de mais 350 mil unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida no primeiro semestre.
Por outro lado, a expectativa é de que o mercado imobiliário seguirá em fase de ajuste, e que a renda e o consumo das famílias cresçam menos, e as contratações de obras relacionadas a novos investimentos ocorram com mais intensidade somente a partir do segundo semestre.