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TAM e Gol são boas opções de compra, após leilão ruim da Varig

Por Agencia Estado
Atualização:

O leilão de venda da Varig foi considerado ruim pelo mercado. Mas o lado bom da notícia existe, basta olhar para as concorrentes: com o tombo da Varig, as companhias aéreas TAM e Gol se transformam em ótimo investimento. Essa é a hora de investir em ações das duas empresas, diz o Banco Pactual. Segundo relatório do banco divulgado ontem pela assessoria de imprensa, os analistas da instituição elevaram o preço-alvo (para um prazo de 12 meses) dos papéis das duas principais concorrentes da Varig. Para a Gol, o preço-alvo subiu de R$ 76 para R$ 86. Ontem, a ação da empresa estava cotada a R$ 73,80. A TAM é uma oportunidade ainda melhor: o preço-alvo avançou de R$ 87 para R$ 95, sendo que a ação era vendida ontem na Bolsa de Valores de São Paulo por R$ 53,50. No leilão da Varig, realizado ontem, apenas o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig, entidade que reúne funcionários da empresa) apresentou proposta, o que decepcionou o mercado. Além disso, a oferta, de US$ 449 milhões (R$ 1,01 bilhão), foi 47,8% menor que o valor mínimo estabelecido, de US$ 860 milhões. O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da companhia, deve informar hoje se valida ou não o resultado do leilão. Mas a aprovação pelo juiz não diminui a atratividade das ações da TAM e da Gol, segundo o Pactual. O banco afirma que, seja qual for o desfecho do leilão, essas aéreas tendem a abocanhar maiores faixas de mercado a partir de agora. Isso porque, ainda que o resultado do leilão seja aprovado, o envolvimento dos empregados na gestão pode limitar a capacidade da Varig de atingir a lucratividade, sem contar que há incerteza quanto à capacidade de investimento do TGV. O tempo está contra a Varig, diz o relatório. A avaliação do preço-alvo das concorrentes está baseada na hipótese de encolhimento da Varig até 2007, para uma participação de mercado de 11% (ela tem 16% atualmente). O leilão ruim também aumentou as apostas de que a companhia irá à falência ainda esse ano: de 40%, a possibilidade cresceu para 60%, segundo o Pactual.

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