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Taxas de longo prazo caem com desvalorização do dólar

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Por Renata Pedini (Broadcast)
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Os juros futuros de curto prazo fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira, 27, com um ligeiro viés de baixa. Tais taxas foram sustentadas pelo Banco Central, que revisou para cima sua projeção para a alta de preços em 2014 no Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Já os juros de longo prazo acompanharam a forte desvalorização do dólar ante o real, puxada pela piora na avaliação do governo Dilma Rousseff e por uma emissão do Tesouro Nacional em euros. No RTI, divulgado pela manhã, o BC elevou de 5,6% para 6,1% sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano. A revisão foi considerada "realista" por agentes do mercado, depois da aceleração da alta de preços registrada recentemente, e sugere novos ajustes da Selic, que está em 10,75% ao ano. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 fechou em 11,14%, na mínima, ante 11,15% no ajuste anterior. Os juros longos, por sua vez, caíam no início do dia dando continuidade ao movimento de devolução de prêmios iniciado na última sexta-feira e com a entrada de estrangeiros no mercado, que pressiona os DIs para baixo. Depois da pesquisa que apontou avaliação pior do governo Dilma e acelerou a baixa do dólar, confirmaram a trajetória e terminaram o dia em queda, chegando a 17 pontos-base no DI com vencimento em janeiro de 2017, a 12,27%. Levantamento CNI/Ibope mostrou que a avaliação positiva do governo Dilma caiu de 43% para 36% em relação à pesquisa anterior, de dezembro. No mesmo período, o porcentual dos entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 20% para 27%. Foi a primeira vez, desde julho do ano passado, após os protestos de rua, que a presidente interrompeu a trajetória ascendente de avaliação positiva (31% na ocasião). No fechamento, o dólar à vista valia R$ 2,2670, com queda de 1,86%. Foi a menor cotação desde 4 de novembro do ano passado (R$ 2,2460).

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