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Temor de volatilidade provoca baixa em Xangai

Por Agencia Estado
Atualização:

O temor de que a volatilidade desta semana continue afetando a Bolsa chinesa fez com que o mercado perdesse grande parte dos ganhos registrados ontem. O Xangai Composto recuou 2,9%, aos 2.797,19 pontos, depois de ter subido 3,9% no pregão anterior. A queda também foi causada pelo lançamento de papéis da Ping An Insurance (Group) Co., que subiram 38,4%, drenando recursos que poderiam ser destinados a outros papéis. O Shenzhen Composto caiu 2,3%, para 719,90 pontos. E há expectativas de novas quedas. ?A baixa de terça-feira definitivamente não foi suficiente para corrigir os ganhos do mercado? do último ano, disse Qian Qimin, analista da Shenyin & Wanguo Securities. China Life Insurance teve baixa de 5,2% e CITIC Securities recuou 5,6%. As perdas do setor financeiro afetaram outras blue chips: China Yangtze Power perdeu 5,2% e China Vanke registrou baixa de 5%. O yuan caiu e no fim do dia o dólar estava cotado a 7,7425 yuans no sistema automático de preços, de 7,7411 yuans do fechamento de quarta-feira. A alta paridade central entre o dólar e o yuan colaborou para a baixa da moeda chinesa. Traders acreditam que a unidade norte-americana deve permanecer por volta de 7,7400 yuans nos próximos pregões, pois não acreditam na ocorrência de volatilidade antes da reunião anual da Assembléia Nacional do Povo e da Conferência Consultiva do Partido, que acontecem nas próximas duas semanas. A Bolsa de Hong Kong fechou em baixa pelo quinto pregão seguido. Neste, o vilão foi a queda das cotações da peso-pesado China Mobile, mas a Bolsa também foi influenciada pelas baixas em demais mercados asiáticos, notadamente dos da China e do Japão. O índice Hang Sang encerrou em declínio de 1,6%, para 19.346,60 pontos e o volume de negócios recuou para 55,47 bilhões de dólares de HK, depois do recorde de HK$ 80,49 bilhões de quarta-feira. Investidores acreditam que o movimento de sobe-e-desce das ações em Hong Kong sugerem que o mercado ainda estará volátil. Além disso, há precaução por conta da possibilidade de o governo chinês tomar medidas para conter o excesso de liquidez do mercado. Todas as blue chips fecharam em território negativo, à exceção das operadora de telefonia fixa PCCW, que recebeu upgrade da Morgan Stanley e fechou estável, e a varejista de roupas Esprit, que encerrou em alta de 0,6%, por conta de lucros obtidos no mercado europeu. China Mobile caiu 1,9%; HSBC perdeu 0,3%; a imobiliária Cheung Kong recuou 3,1% e sua afiliada Hutchison Whampoa tombou 0,6%. Companhias chinesas com papéis negociados no mercado de Hong Kong também tiveram queda: China Resources caiu 6,5%; COSCO Pacific, 4,3%; e CCB, 3,4%. O mercado taiwanês registrou queda de 2,8%, aos 7.678,67 pontos, em um pregão com grande volume de negociação. A Bolsa local não abriu ontem. As maiores baixas foram registradas em setores que mantêm fortes vínculos com a China, tais como têxteis, cimento e papel. Hon Hai Precision recuou 5,9%; TSMC caiu 3,8% e UMC teve baixa de 2,7%. O mercado filipino fechou em alta depois das fortes vendas realizadas ontem. O índice PSE Composto subiu 122,67 pontos, ou 4%, para 3.190,12 pontos, após ter registrado baixa de 7,9% no pregão anterior (a maior queda em seis anos). Apesar disso, a Bolsa fechou abaixo da maior alta do dia (3.220,34 pontos), o que indica que alguns investidores continuam realizando os lucros auferidos durante o recorde de alta registrado na semana passada. Philippine Long Distance Telephone Co., o papel mais negociado do dia, subiu 4,3%, depois de ter perdido 9% na quarta-feira. A alta também foi resultado da valorização de 3,3% dos ADRs da empresa ontem em Nova York. Em Sydney, os temores de novas baixas nos demais mercados mantiveram a pressão sobre a Bolsa local, que encerrou o dia em queda, apesar de algumas compras institucionais. O índice S&P/ASX 200 caiu 22,3 pontos, ou 0,4%, aos 5.810,2 pontos. As piores performances foram registradas por bancos e empresas dos setores imobiliário, de consumo, telecomunicações e serviços públicos. Westpac teve o maior impacto negativo sobre o mercado, caindo 1,5%. Westfield recuou 1,3% e Woolworths perdeu 1,5%. Telstra fechou 0,7% abaixo do registrado no dia anterior e Alinta teve baixa de 0,5%. Flight Centre despencou 11%. Babcock & Brown Infrastructure fechou em baixa de 5,2%. Já Minara Resources subiu 4,0% depois de oferecer dividendos maiores do que os esperados. O mercado indonésio fechou em alta, com investidores em busca de ofertas depois do recuo acumulado de 3,5% nas últimas quatro sessões. Também favoreceu o mercado as notícias de que a inflação de fevereiro veio abaixo da esperada - 6,3%, ante expectativas de 6,7%. O Índice JSX Composto da Bolsa de Jacarta terminou em alta de 1,1%, aos 1.759,49 pontos. O dado permite que o banco central local prossiga em sua política de corte da taxa de juro na próxima semana. Telkom ganhou 3,9% e a produtora de cimento Gresik subiu 2,6%. Na Malásia, o índice composto de 100 blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur declinou 1,3%, aos 1.180,91 pontos, e o índice Strait Times da Bolsa de Cingapura terminou a sessão com perda de 0,37%, aos 3.092,58 pontos. O mercado sul-coreano não abriu hoje. As informações são da Dow Jones.

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