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Tombini derruba juros e Bovespa segue humor externo

Por LUCIANA ANTONELLO XAVIER
Atualização:

Os juros futuros tiveram reação imediata, de alta para queda, à fala do fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que garantiu nesta terça-feira, 18, que a inflação continuará caindo em 2014 e que o processo de aperto monetário já mostra alguns resultados. A leitura do mercado é de que essa linguagem reforça as apostas de altas da Selic menos agressivas daqui para frente. Tombini também garantiu que o BC tem todos os instrumentos "sobre a mesa para manter o mercado cambial funcionando". Ainda sobre o câmbio, o presidente disse que se preciso as reservas cambiais podem ser usadas no futuro, o que ainda não ocorreu na gestão do Tombini. Às 11h19, o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 11,20% ante 11,22% no ajuste de ontem e o DI para janeiro de 2017 estava em 12,55%, de 12,58% na véspera. O dólar no balcão renovava as máximas nesta manhã, após desacelerar brevemente com a fala mais "dovish" (suave) de Tombini. Há pouco, o dólar à vista no balcão subia 0,50%, a R$ 2,3990, tendo batido pouco antes a máxima de R$ 2,40 (+0,54%). A Bovespa melhorou o humor, virou e renovou máximas com a abertura das bolsas em Nova York. Antes, a Bovespa olhava mais o exterior, teve piora pontual após o índice Empire State, que mede as condições para a atividade industrial em Nova York, ter caído para 4,48 em fevereiro, de 12,51 em janeiro, frustrando expectativa de queda bem menor do índice, para 8. Às 11h33, o Ibovespa subia 0,15%, aos 47.647,12 pontos. As ações da Vale PNA e ON operavam em alta de 0,65% e 0,78%, respectivamente, ancoradas na declaração do diretor executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins, que minimizou as preocupações com uma desaceleração da economia chinesa. Hoje governo chinês anunciou o corte da meta de crescimento da produção industrial da China para 9,5% em 2014, de 10% em 2013. Em Nova York, o S&P 500 tinha alta de 0,13% e o Nasdaq avançava 0,28%. Na contramão, o Dow Jones caía 0,10%, Além de Tombini, o mercado doméstico processa ainda declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, da presidente Dilma Rousseff, de indicadores do exterior e pesquisa CNT/MDA sobre o governo federal e as eleições presidenciais. Mantega disse, em evento de apresentação do 9º balanço das ações do PAC, que o Brasil tem fundamentos sólidos e que está bem posicionado para fazer a transição econômica de crise para a fase pós-crise. "Já estamos no período de saída da crise", disse. Segundo ele, a necessidade externa do Brasil no curto prazo é pequena e afirmou que o Brasil "não está entre os mais vulneráveis em termos de déficit em conta corrente".Mais cedo, pesquisa CNT/MDA mostrou que no primeiro turno da eleição presidencial, Dilma ficou com 43,7% das intenções de voto, Aécio Neves com 17% e Campos, 9,9%. Já no segundo turno, Dilma venceria com 44,6% e Marina teria 26,6%.

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