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Top Picks: Após ganho de 6% em março, Bolsa segue com perspectiva positiva

Investidores aproveitam os preços descontados de muitas ações, após perdas seguidas nos últimos meses em decorrência da pandemia e da crise econômica

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Por Marcia Furlan
Atualização:

Os negócios na bolsa de valores devem seguir influenciados em abril pelo forte fluxo de recursos estrangeiros que chegam por aqui. Esse movimento motivou o ganho de 6,06% do Ibovespa em março e está promovendo uma forte queda do dólar. Os investidores aproveitam os preços descontados de muitas ações, após perdas seguidas nos últimos meses em decorrência da pandemia e da crise econômica.

Nesse cenário, analistas apontam setores ou empresas que podem se sobressair no mês. Em primeiro lugar, e com presença sempre garantida nas carteiras, estão as empresas do setor financeiro, os bancos majoritariamente, que podem se beneficiar da retomada da demanda por crédito e após fazerem provisões robustas. O setor é representado principalmente por Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Itaú - o último apontado como preferido por muitas casas. 

Bancos podem se beneficiar da retomada da demanda por crédito. Foto: Montagem Estadão

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Outro setor com presença constante nas carteiras é o de commodities, com a Vale entra as principais representantes. Pedro Galdi, da Mirae Asset, afirma que decidiu manter o papel em abril mesmo com os sinais de enfraquecimento da economia da China, principal mercado da mineradora, porque espera ainda que o país em breve vá anunciar fortes investimentos em infraestrutura, a fim de auxiliar a retomada da economia.

O que também explica a perspectiva favorável para a empresa é a previsão de uma demanda forte de commodities em 2022, com consequente elevação das cotações do minério de ferro e do níquel. No setor, destaque ainda para Usiminas, cujos papéis estão bem desvalorizados e por isso têm potencial de recuperação.

Ainda em commodities, a Suzano se destaca no segmento de papel e celulose e, em geral, é a preferida de muitas casas. As perspectivas são igualmente de aumento dos custos da matéria-prima em razão da alta demanda. As principais empresas já anunciaram seguidos reajustes de preços, o que favorece seus resultados e compensa os recentes recuos do dólar, componente importante das receitas de exportação.

Com relação ao petróleo, Petrobras obviamente é o principal nome, dado seu tamanho e volume de produção, e apesar dos riscos de interferência na política de preço e troca de comando. Pesa a favor a estratégia de desinvestimento, com foco nos ativos de maior rentabilidade.

Os frigoríficos, que mostraram bom desempenho na temporada de balanços do quarto trimestre de 2021, seguem com expectativa favorável, dada a forte demanda por proteína animal. A Mirae cita a JBS em específico, cuja ação está defasada frente a esse cenário. Galdi considera que mesmo com a queda do dólar, a visão é positiva, dados os aumentos de preços dos produtos.

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No segmento de varejo, corretoras apontam ainda empresas como Petz, Vivara, Assaí, Carrefour, Magazine Luiza, Natura. As duas últimas foram muito penalizadas em 2021 e podem começar a se recuperar.

Para Fernando Damasceno, analista de renda variável do Modalmais, a perspectiva para a bolsa continua positiva, dado o cenário de uma possível recuperação econômica mais rápida e acima da expectativa do mercado e em razão dos balanços divulgados recentemente que, no caso de grande parte das empresas, superaram as estimativas.

Com relação às recomendações de Top Picks para a próxima semana, o BB Investimentos substituiu quatro ações de sua carteira. Saíram Cyrela ON, Equatorial Energia ON, Kepler Weber ON e Taesa Unit e entraram Grupo SBF ON, Grupo Soma ON, Vale ON e Weg ON.

Já a Elite manteve apenas Vale ON e tirou Bradesco PN, Marfrig ON, Movida ON e Petrobras PN para colocar AES Brasil ON, Petrorio ON, Porto Seguro ON e Sanepar Unit.

Da carteira da Guide Investimentos saiu Itaú Unibanco PN e entrou Petz ON. As demais ficaram: Alupar Unit, Petrobras PN, Vale ON e Vibra Energia ON.

A Mirae Asset manteve Itaú Unibanco PN e Cteep PN, mas substituiu Bradespar PN, Gerdau PN e JHSF ON por JBS ON, Usiminas PNA e Vale ON.

O ModalMais trocou sua carteira toda. Entraram Banco do Brasil ON, BRF ON, Cogna ON, Magazine Luiza ON e Natura ON no lugar de B3 ON, Bradesco PN, Minerva ON, Sanepar Unit e Vale ON.

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Na carteira do MyCap houve apenas uma troca. Saiu Fleury ON e entrou JBS ON. Permaneceram CSN ON, Direcional ON, Hermes Pardini ON e Porto Seguro ON.

A Órama retirou a Kepler Weber ON e colocou CCR ON no lugar. Permaneceram Cogna ON, Cielo ON, Taesa Unit e Telefônica Brasil ON.

A Terra Investimentos trocou apenas uma ação: Weg ON por Grupo Soma ON. As demais ficaram: Bradesco PN, Dexco ON, Natura ON e Usiminas PNA.

A XP manteve Bradesco PN e Petrobras PN e colocou SLC Agrícola ON, Marfrig ON e Bradespar PN no lugar de Copel PNB, Porto Seguro ON e Vale ON.

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