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Top Picks: Commodities, varejo e bancos são apostas para os próximos meses

Enquanto o setor financeiro se destaca pela previsão de redução da inadimplência, as commodities deverão continuar sendo beneficiadas pelas cotações em alta no exterior

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Por Marcia Furlan
Atualização:

Com a temporada de divulgação de balanços das grandes empresas relativos ao segundo trimestre quase encerrada, as atenções se voltam agora às perspectivas para os próximos meses. Analistas consultados pelo Estadão/Broadcast relacionam alguns setores que podem se destacar quanto à possibilidade de ganhos para os investidores.

Um deles é o de bancos, frente à expectativa de redução na inadimplência e, consequentemente, da provisão para devedores duvidosos (PDD). Esses fatores teriam impacto positivo na lucratividade, apesar do aumento da competição no setor, com a chegada do open banking e a maior agressividade das fintechs. É preciso levar em conta ainda que as ações do setor estão sendo negociadas com desconto, o que dá margem para valorização.

Empresas de commodities deverão continuar sendo beneficiadas pela alta das cotações no exterior. Foto: Fábio Motta/Estadão

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Outro setor elencado pelos especialistas é o de Saúde, que não teve um segundo trimestre muito admirável, mas deve melhorar daqui para frente, a considerar a análises de vários dirigentes de empresas de que "o pior já passou", conforme enfatizou o analista Vitor Suzaki, do Banco Daycoval.

Ele também cita as empresas ligadas a commodities metálicas, que devem continuar a se beneficiar das cotações ainda elevadas e de certa forma sustentáveis no curto prazo dos insumos, além do impulso do pacote de infraestrutura nos EUA.

Ainda com relação a commodities, Phil Soares, chefe de análise de ações na Órama, afirma que empresas ligadas a petróleo e celulose também se beneficiam dos altos preços, em especial a segunda, que vem de uma sequência de vários anos em baixo patamar.

Por fim, setores mais penalizados na fase mais aguda da pandemia tendem a seguir em recuperação. Nesse grupo estão, por exemplo, varejo, shoppings e distribuidoras de combustíveis, que podem apresentar números próximos aos observados em 2019 pela primeira vez desde o surgimento da covid-19, de acordo com Henrique Esteter, da Guide Investimentos. "Isso abriria espaço para um retorno da confiança dos investidores nesses papéis e consequentes apreciações", afirma.

Outros setores destacados foram os de proteína animal e empresas voltadas à produção de energia limpa.

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Com relação à composição das carteiras Top Picks para a próxima semana, a Ativa Investimentos retirou BR Partners Unit, JBS ON e Weg ON, e colocou Boa Safra ON, SulAmerica Unit e Valid ON, mantendo Ambipar ON e Santander Unit.

O Banco Daycoval trocou apenas uma ação, colocou BB Seguridade ON no lugar do Itaú PN, e manteve Hapvida ON, Lojas Renner ON, Natura ON e Vale ON.

A Elite Investimentos manteve quatro ações, Alpargatas ON, Metalúrgica Gerdau PN, M. Dias Branco ON e Vale ON e tirou apenas Intelbras ON, para colocar Allied ON no lugar.

A Guide Investimentos retirou Bradesco PN, Lojas Quero-Quero ON, PetroRio ON e Totvs ON, para colocar no lugar Cyrela ON, Magazine Luiza ON, Marfrig ON e Grupo Soma ON. Manteve a Vale ON.

No caso da Mirae Asset, saíram Itaúsa PN, JBS ON e Vale ON, e entraram Inter Unit, JHSF ON e Santos Brasil ON. Permaneceram Gerdau PN e Randon ON. A Órama decidiu trocar apenas Itaú PN por Vale ON, deixando BTG Pactual Unit, Hypera ON, Simpar ON e Totvs ON.

A XP fez três trocas: Bradesco PN, Cemig ON e BRMalls ON saíram. Entraram Localiza ON, SulAmerica Unit e Taesa ON. Ficaram Gerdau PN e Petrobras PN.

Veja a lista:

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