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Top Picks: Frigoríficos devem manter resultados fortes, apesar do consumo interno retraído

Analistas afirmam que a baixa oferta em importantes mercados produtores - como a Austrália - favorece os frigoríficos brasileiros; além disso, apesar de a China ter suspendido as importações, a tendência é que os negócios sejam retomados

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Por Marcia Furlan
Atualização:

As empresas de proteínas animal enfrentam um cenário complexo nos próximos meses, envolvendo de um lado o dólar alto, que favorece as exportações, e de outro o consumo interno retraído pelo peso da inflação, com a substituição por produtos mais baratos.

Contudo, segundo analistas consultados pelo Estadão/Broadcast, o viés ainda é positivo, pelo menos para o segmento de carne bovina. O analista Vitor Suzaki, do Banco Daycoval, argumenta que a baixa oferta em importantes mercados produtores - ele destaca em especial a Austrália - favorece os frigoríficos brasileiros.

Analistas acreditam que frigoríficos podem ter bons resultados financeiros Foto: Wilton Junior/ Estadão

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Além disso, a demanda continua forte. Apesar de a China ter suspendido as importações a partir do Brasil, a tendência é que os negócios sejam retomados. O país asiático deve seguir como um importante mercado consumidor, com a continuidade da migração da população rural para urbana.

Para Phil Soares, chefe de análise de ações na Órama, a expectativa é de manutenção das margens, tanto aqui quanto nos EUA. Ele lembra que no Brasil o aumento dos preços foi acompanhado pelo aumento de custos e nos EUA a expectativa é que o cenário de mão de obra apertada e oferta limitada se mantenha, garantindo margens mais vantajosas.

Além disso, lembram Gabriela Joubert e Manuela Granja, do Banco Inter, o início do ciclo de baixa da pecuária bovina no território norte americano se aproxima, o que deverá reduzir a oferta no país e levar à alta de preços.

Já com relação a outras proteínas, frango e suínos, a previsão é mais cautelosa, em razão do forte aumento dos custos, sobretudo a ração, cujos preços estão atrelados às cotações de commodities (soja e milho), que seguem em alta.

O economista chefe do ModalMais, Álvaro Bandeira, avalia que as expectativas para o setor são positivas não só para 2022, como para períodos subsequentes. Ele considera que as empresas brasileiras são bastante eficientes e competitivas no mercado internacional, com ramificações importantes em plantas no exterior. "O mundo vai demandar cada vez mais a proteína animal. As empresas estão bem capitalizadas e seguem investindo, tanto em aquisições, como em novos investimentos", afirma.

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Com relação às recomendações para a próxima semana, a Ativa Investimentos manteve apenas SulAmérica ON em sua carteira, e inseriu Azul PN, Energias do Brasil ON, Lojas Renner ON e Magazine Luiza ON, no lugar de Energisa Unit, Fleury ON, Gerdau PN e Telefônica ON.

A carteira do Daycoval traz uma modificação para a semana que vem, com a saída de Alpargatas ON e a entrada em Rede D'Or. Permanecem Assaí ON, CCR ON, Copasa ON e Eneva ON.

 Na Elite Investimentos, foram duas alterações, Alpargatas ON e Banco Inter PN entraram no lugar de Cesp PNB e Gerdau PN. Ficaram Bradesco PN, Equatorial ON e Weg ON.

A Guide trocou Eletrobras PNS e Irani ON por Banco Pan ON e Grupo Soma ON, mantendo Itaú PN, Gerdau PN e 3R Petroleum ON.

Foram três mudanças na Mirae Asset: Braskem PNA, JHSF ON e Randon PN deram lugar a AES Brasil ON, Inter Unit e Marfrig ON. Gerdau PN e JBS ON se mantiveram.

Na carteira do MyCap ficaram Bradesco PN, Cosan ON, Fleury ON e Suzano ON. Saiu apenas Vale ON para entrar Magazine Luiza ON.

Na Órama, também apenas uma mudança: Notre Dame Intermédica ON entrou no lugar de Engie ON. As demais top picks são Alliar ON, Ambev ON, JBS ON e Telefônica ON.

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A Planner retirou de sua carteira Vale ON para colocar Enauta ON. Ficaram Banco do Brasil ON , Grendene ON, Santander Unit e Taesa Unit.

A carteira semanal da Terra Investimentos teve igualmente apenas uma alteração, saindo Klabin ON e entrando Americanas S.A. ON. As demais são B3 ON, Bradesco PN, BR Malls ON e Rumo ON.

A XP trocou toda sua carteira. Saíram BRMalls ON, Fleury ON, GPA ON, Natura ON e Sul America Unit e entraram CVC ON, Equatorial ON, Movida ON, Petrobras PN e Weg ON.

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