PUBLICIDADE

Top Picks: Inflação alta deve continuar a penalizar varejistas na Bolsa

Mesmo com o aquecimento tradicional das vendas no fim do ano, motivadas pela Black Friday e o Natal, analistas não esperam uma recuperação relevante do varejo

Foto do author Marcia Furlan
Por Marcia Furlan
Atualização:

O cenário de inflação alta e juros em trajetória ascendente está penalizando as ações de empresas varejistas. Apesar do IPCA de setembro ter ficado abaixo das previsões - e ter dado ímpeto às empresas do setor no pregão desta sexta-feira - todas as projeções apontam para um inflação no teto da meta em 2021. No período de 12 meses até outubro, o IPCA registra um salto de 10,25%.

Assim, mesmo com o aquecimento tradicional das vendas no fim do ano, motivadas pela Black Friday e o Natal, analistas não esperam uma recuperação relevante do varejo, uma vez que o poder de compra do consumidor seguirá combalido. O especialista de mercado da Guide Investimentos, Rodrigo Crespi, ressalta que, conforme a economia começar a andar novamente, é possível que haja uma substituição de bens por serviços, prejudicando ainda mais as vendas. Isso sem contar eventuais gargalos na oferta de algumas categorias de produtos, como eletrodomésticos.

A Black Friday, em novembro, não deverá incentivar uma recuperação relevante do varejo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

PUBLICIDADE

O cenário pouco animador é complementado pela crescente concorrência, sobretudo no e-commerce, de grandes empresas estrangeiras como Amazon, Mercado Livre e agora a Shopee, de Cingapura, com reflexo sobre os resultados das brasileiras.

Nesse contexto, e considerando que as ações das maiores empresas registram neste ano perdas de até 40% - com exceção das supermercadistas -, analistas avaliam que esse pode ser um bom "ponto de entrada" para os investidores. "As quedas recentes podem abrir oportunidades para companhias com bons balanços, bom controle de custos e despesas e bem posicionadas para navegar neste período mais desafiador", disse Gabriela Cortez Joubert, do Inter.

Ricardo Peretti, estrategista da Santander Corretora, também aponta que algumas ações são atrativas no momento, mas ressalta que muitas só devem maturar no médio prazo.

Para quem já está posicionado, a recomendação de Pedro Galdi, da Mirae Asset, é manter os papéis. "Estamos saindo da pior fase da pandemia, com eventos festivos ainda importantes até o final de ano, que podem surpreender."

Com relação às recomendações de Top Picks para a próxima semana, o Daycoval fez apenas uma troca, tirou Ambev ON e colocou CCR ON, e manteve Lojas Renner ON, Locaweb ON, Sequoia ON e Ser Educacional ON.

Publicidade

A Elite não fez alterações em sua carteira semanal que tem Assaí ON, Intelbras ON, M. Dias Branco ON, Petrobras PN e Weg ON. A Guide deixou Itaú PN, JBS ON e 3R Petroleum ON, mas retirou Rede D'Or ON e Weg ON, para colocar Assaí ON e Ômega ON .

A Mirae trocou apenas duas ações. Saíram Ferbasa PN e Santos Brasil ON e entraram Gerdau PN e Vale ON. Foram mantidas JHSF ON, Inter Unit e Romi ON. O MyCap inseriu três ações em sua carteira: Tegma ON, Multiplan ON e Dexco ON, que entraram no lugar de CVC ON, Wiz ON e Petrobras PN. Eletrobras ON e Rumo ON ficaram.

A Órama fez duas alterações. Retirou Gol PN e Weg ON e colocou Natura ON e Totvs ON no lugar. Permaneceram Engie ON, Minerva ONPetrorio ON. A Planner trocou toda sua carteira. Entraram Banco do Brasil ON, Grendene ON, Santander Unit, Taesa Unit, Vale ON no lugar de Fleury ON, Hypera ON, JBS ON, Lojas Quero Quero ON e Telefônica Brasil ON.

O Santander fez apenas uma substituição, tirando Arezzo ON e colocando Totvs ON. Ficaram Itaú PN, Vibra Energia ON, Rede D'Or ON e Vale ON.

Veja a lista:

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.