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Top Picks: Mineradoras, siderúrgicas, petroleiras e frigoríficos são apostas para março

Em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia na Europa, Brasil neste primeiro momento tende a se beneficiar pelo lado da valorização das commodities

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Por Marcia Furlan
Atualização:

O mês de março começou sob o clima de nervosismo e volatilidade nos mercados financeiros, situação que tende a se manter enquanto durar o conflito entre Rússia e Ucrânia na Europa.

O Brasil neste primeiro momento tende a se beneficiar pelo lado da valorização das commodities, o que também favorece as empresas de mineração, siderurgia e as petroleiras. O setor de óleo e gás, por registrar oferta reduzida e demanda elevada, e ainda por conta dos seus fundamentos de longo prazo, pode ser especialmente beneficiado. 

Mina de minério de ferro em Minas Gerais; momento favorece empresas de mineração, siderurgia e as petroleiras. Foto: Fabio Motta/Estadão - 7/7/2015

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Analistas consultados pelo Estadão/Broadcast a respeito das perspectivas para este mês apontam que até os frigoríficos podem ganhar, mesmo com pressão de custos causada pelo encarecimento de insumos, mais especificamente os grãos, e pela queda do dólar.

Além desses setores, os bancos, considerados um porto seguro de investimentos, podem ser mais uma vez procurados como alternativa conservadora e assim registrar valorização. E as empresas classificadas como 'utilities' (basicamente as concessionárias de energia e saneamento), conforme destacou a analista do Inter, Gabriela Joubert, também ganham nesse cenário de pressão inflacionária, pois conseguem repassá-la para suas tarifas.

"Importante observar que empresas maduras de uma forma geral são mais atraentes em épocas de volatilidade e rápida rotação de posições", acrescenta Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais.

Mas, obviamente, esse aumento da inflação cobrará seu preço como um todo da economia e penalizará diversos setores ligados ao consumo, por causa do aumento dos juros. Aqueles muito dependentes do crédito perdem atratividade, como construção e varejo, além das empresas de tecnologia, que têm perspectiva de crescimento no futuro e precisam de financiamentos. Também perdem os segmentos de aviação e turismo.

"Por aqui, a visão que fica é que o Brasil acabe sendo beneficiado no curto prazo, por conta da grande participação de commodities na balança comercial, mas se a guerra na Europa se alongar teremos sequelas em nossa economia", afirma Pedro Galdi, da Mirae Asset. Ele acrescenta que o conflito irá colocar os bancos centrais em uma situação complicada, pois um erro na dosagem de aumento de juros pode ser danoso para a recuperação da economia mundial.

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Além da questão geopolítica, neste mês é esperado também o início do aperto monetário pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, com possível elevação dos juros, o que aumenta a atratividade dos títulos norte-americanos, em detrimento de outras alternativas mais arriscadas. A favor do Brasil neste momento há o "desvio" de investimentos que iriam para a Rússia e podem ter como destino a América Latina. De acordo com um relatório do Itaú BBA, a reclassificação do país do Leste Europeu no índice MSCI Emergentes tem potencial de trazer para cá cerca de US$ 1,34 bilhão.

Com relação às recomendações de Top Picks para a próxima semana, a Ativa Investimentos manteve apenas uma ação em sua carteira, a Inter Unit. Bradesco PN, Gerdau PN, JBS ON e Via ON saíram e deram lugar a Americanas ON, Fleury ON, Marfrig ON e MRV ON.

O BB Investimentos também deixou apenas uma ação: a Taesa Unit. Ingressaram Bradespar PN, CBA ON, Kepler Weber ON e Isa Cteep PN e saíram B3 ON, Hypera ON, Intelbras ON e Vale ON.

A Elite substituiu M.Dias Branco ON por Cemig PN. Continuam na carteira Gerdau PN, Marfrig ON, PetroRio ON e Vale ON.

A carteira do Inter de março tem três mudanças. Banco do Brasil ON, Sabesp ON e GPA ON entraram no lugar de BB Seguridade ON Klabin Unit e Multiplan ON. Itaú PN e Vale ON permaneceram.

A Mirae Asset trocou CSN Mineração ON e Taesa Unit por Banco do Brasil ON e Gerdau PN. Isa Cteep PN, Petrobras PN e Vale ON ficaram.

A MyCap mudou quatro ações de sua carteira. Saíram Embraer ON, Rumo ON, Telefônica Vivo ON e Vale ON e entraram Cosan ON, Sanepar Unit, Gerdau PN e Marcopolo PN. Apenas Petrorio ON permaneceu.

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A Órama retirou Intelbras ON e Telefônica Brasil ON, que deram lugar à Bradespar PN e BrasilAgro ON. Seguem na carteira CPFL ON, Kepler Weber ON e Taesa Unit.

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A Terra Investimentos fez uma alteração: trocou Klabin Unit por Dexco ON. Permaneceram Bradesco PN,Cemig PN, Natura ON e Usiminas PNA.

A XP trocou Cyrela ON e Ser Educacional ON por Suzano ON e Weg ON, mantendo Bradesco PN, Light PN e Petrobras PN.

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