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Top Picks: Setores ligados a commodities podem se destacar na temporada de balanços do 4º tri

Setor bancário, porém, é encarado com cautela após o Santander mostrar um lucro menor no 4º trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020

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Por Marcia Furlan
Atualização:

A temporada de balanços das empresas com os dados do quarto trimestre de 2021 e do fechamento do ano começa com mais força na próxima semana, quando ao menos 17 companhias divulgarão seus números.

Nesta semana, o Santander deu início às apresentações, na terça-feira, mostrando um lucro de R$ 3,8 bilhões, queda de 2% em relação ao quarto trimestre de 2020, e abaixo das previsões do mercado, o que gerou cautela dos investidores a respeito do desempenho esperado para todo o setor bancário. Na próxima semana, Bradesco e Itaú divulgam seus balanços, dias 8 e 10 respectivamente, e na semana seguinte será a vez do Banco do Brasil.

Mineração de ferro em Itabirito, Minas Gerais; mercado aposta nos resultados de empresas de commodities Foto: Washington Alves/ Estadão - 28/4/2021

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A expectativa de analistas consultados pelo Estadão/Broadcast é de que as empresas ligadas a commodities e aquelas que se beneficiam da abertura da economia continuem se destacando. Assim, as petrolíferas, como Petrobras e Petrorio, devem trazer bons números, a considerar o comportamento dos preços do petróleo nos últimos meses. A Santander Corretora, por exemplo, espera resultados sólidos da estatal e projeta um crescimento de 55% do Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia no quarto trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

Na mesma linha, as mineradoras e siderúrgicas, como Vale, CSN e Gerdau, entre outras, devem refletir a alta dos preços do minério de ferro em seu balanço.

Ricardo Peretti, estrategista de ações da corretora, acrescenta à lista de bons desempenhos esperados para o trimestre as operadoras de shoppings. Ele avalia que as companhias podem mostrar uma recuperação consistente das suas métricas operacionais, dado o maior fluxo de consumidores nos shoppings, os menores descontos aos lojistas e o reajuste dos aluguéis pela inflação.

Nesse setor, o Santander acredita que Multiplan e Iguatemi podem ser os destaques positivos da temporada, com crescimento de Ebitda de 36% e 21,7%, respectivamente, no quarto trimestre em comparação com o terceiro.

O Itaú BBA apontou, em relatório, que as aéreas podem também surpreender positivamente, a considerar as prévias operacionais já divulgadas. Segundo o banco, as empresas podem trazer a retomada mais consistente dos voos a níveis próximos ao pré-pandemia. A ressalva é apenas para o aumento dos preços do combustível, que deve pesar sobre a lucratividade.

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Álvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais, inclui na lista de empresas que podem se destacar as fabricantes de proteínas, pela forte participação de exportações em suas receitas, e as produtoras de bens de capital, além de varejistas com atuação importante em e-commerce e o setor bancário.

Ele observa que empresas de um mesmo setor foram afetadas de forma diversa pela crise e por isso não é possível traçar diretrizes únicas, mas a tendência é que, apesar da variante Ômicron, os resultados do quarto trimestre, na média, venham melhores na comparação com um ano atrás.

"Alguns fatores farão a diferença, como nível de capitalização, alavancagem financeira, endividamento da empresa, estratégias de redução de custos e o quanto o setor em que está inserida foi afetado", ressalta.

Gabriela Joubert, do Inter, também espera receitas em patamares elevados no quarto trimestre e margens ainda em níveis confortáveis. Mas, na sua opinião, os indicadores econômicos indicam desaceleração à frente. Assim, o primeiro semestre deve trazer desafios adicionais, além da esperada volatilidade em ano eleitoral.

Com relação às recomendações da próxima semana, a Ativa trocou toda sua carteira de Top Picks. Foram inseridas 3R Petroleum, Santander Unit, Americanas ON, Minerva ON, AES Brasil ON e foram retiradas Ambev ON, Inter Unit, Locaweb ON, Porto Seguro ON, Rede D'Or ON.

O BB Investimentos trocou CCR ON, Alupar Unit e Fleury ON por Copel PNB, Petrobras PN e Vale ON. Deixou apenas Bradesco PN e Cesp PN.

A Elite Investimentos manteve Bradesco PN, Marfrig ON, Petrobras PN e Vale ON e trocou apenas Via ON por PetroRio ON.

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A Mirae substituiu todas as ações. Saíram Copel PNB, Ferbasa PN, Gerdau PN, Petrobras PN e Vale ON e entraram Bradesco PN, Itaú PN, Klabin Unit, Multiplan On e Usiminas PNA.

O Modalmais também trocou sua carteira inteira. Entraram Banco do Brasil ON, CCR ON, Cosan ON, Fleury ON e Localiza ON no lugar de Bradespar PN, JBS ON, Magazine Luiza ON, Marcopolo PN e Raia Drogasil ON.

A Órama decidiu retirar da carteira CCR ON e CESP PNB, dando lugar a Petrobras ON e PetroRio ON. Seguem Bradesco PN, Copel PNB e Telefônica Brasil ON.

A Planner realizou duas mudanças, tirando Alpargatas PN e Dexco PN para colocar Gerdau PN e Vale ON. Permanceram BB Seguridade ON, Copel PNB e Ferbasa PN.

A XP fez apenas uma troca, da Ecorodovias ON pela Braskem PNA, e manteve Eternit ON, Fleury ON, Gerdau PN e Marfrig ON.

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