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Três grupos disputam o hotel Le Méridien no Rio

Por Agencia Estado
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O futuro do hotel Le Méridien, um dos mais tradicionais e luxuosos do Rio, deve ser definido até o final desta semana. A bandeira francesa, que até 2004 proporcionava um dos momentos mais esperados da queima de fogos do Réveillon de Copacabana - ?a cascata do Méridien? -, poderá sair do imóvel localizado na zona sul. Isso acontecerá caso o atual administrador do empreendimento e dono da marca, a rede americana Starwood, não consiga renovar seu contrato, que venceu no fim do ano passado. O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), proprietário do prédio do Méridien, abriu uma concorrência e dois investidores competem com a Starwood pelo contrato de 10 anos. O grupo espanhol Iberostar quer ampliar sua presença no País, onde planeja investir US$ 250 milhões até 2009. Caso vença, estuda mudar o nome do hotel para Iberostar Copacabana, revela o diretor-comercial da empresa no Brasil, Orlando Giglio. Um terceiro investidor está na disputa, mas seu nome é mantido em segredo pela Previ e os próprios concorrentes desconhecem a identidade de seu rival. ?No Brasil, poderá ser a mudança mais importante no setor hoteleiro nos últimos 30 a 40 anos?, afirma Giglio. O executivo, que trabalhou 13 anos no Méridien, lembra que o hotel foi um dos primeiros a trazer o conceito de alta gastronomia para o País, com a vinda de chefs franceses. A rede Méridien chegou ao País em 1975. Trinta anos depois, em novembro, a Starwood adquiriu a marca. A rede americana controla 864 empreendimentos hoteleiros em 100 países, numa oferta total de 264 mil quartos. Um representante da Starwood no Brasil foi procurado pela reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, mas não retornou até o fechamento deste texto. O hotel não quis se pronunciar sobre o assunto, assim como a Previ. Iberostar O grupo espanhol possui cerca de 100 hotéis em 29 países. No Brasil, são dois empreendimentos, o Iberostar Bahia e o Grand Amazon. O primeiro é um resort que receberá US$ 250 milhões nos próximos dois anos para a construção de dois complexos anexos ao já existente. O segundo é um barco-hotel de luxo que faz cruzeiros pela região amazônica. Segundo Giglio, o plano de investimento no Méridien só será definido após a decisão do ganhador. De acordo com o diretor da Iberostar, pesam na avaliação da proposta vencedora informações como a origem da empresa e seus outros negócios, assim como sua saúde financeira e experiência no setor hoteleiro. O grupo espanhol também tem uma companhia aérea especializada em vôos fretados, a Iberoworld. Questionado se essa empresa poderia voar para o Brasil caso o contrato do Méridien seja conquistado, o executivo afirma que é preciso primeiro aguardar a definição do vencedor.

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