Publicidade

Três novos grupos anunciam produção de motos no Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O crescente mercado de motocicletas atraiu três novos grupos que esta semana anunciaram projetos de fabricação local, todos atentos a uma demanda de mais de 1,4 milhão de unidades prevista para 2007. Um dos projetos é para a montagem de motos de luxo e dois de produtos populares, ambos com parceria de empresas chinesas. O Grupo Izzo, representante de marcas tradicionais como a Harley-Davidson, fez parceria com a Bramont, de Manaus (AM), para a produção de motos da categoria premium das marcas Triumph, Husqvarna e Malaguti, atualmente importadas da Europa e EUA. Também devem ser feitos quadriciclos da italiana Malaguti. Os modelos custam de R$ 19 mil (Husqvarna, uma off road de 125 cilindradas) a R$ 98.900 (Triumph Rocket III). "Só vamos atuar no mercado premium, com motos para lazer", afirma o diretor-presidente do grupo, Paulo Izzo. Em 2006, o segmento de modelos acima de 500 cc vendeu 22 mil motos. Mais em conta No segmento de trabalho, com modelos mais baratos e de grande volume de vendas, chegam ao País em março duas chinesas, a FYM (Fei Ying Motor), inicialmente importadas pela Nova Trade, empresa de Campinas do ramo de comércio exterior, e a Motor-Z, nome já adaptado ao mercado brasileiro de uma scooter elétrica que será montada em São Bernardo do Campo (SP). Os modelos FYM vão custar de R$ 3.890 (100 cc) a R$ 9,3 mil (250 cc). A Motor-Z sairá por cerca de R$ 4 mil. A Nova Trade investiu US$ 3 milhões para criar uma rede de distribuição inicialmente no interior de São Paulo e no ABC paulista. O projeto inclui a construção de uma fábrica em 2008, em local a ser definido. O grupo estima para este ano vendas de 15 mil a 18 mil unidades. A Motor-Z será montada pela Zeppini, empresa do setor metalúrgico que atua no ABC paulista há mais de 50 anos. O nome do parceiro chinês ainda não foi revelado, nem volumes de produção. Segundo um representante da empresa, a scooter elétrica pode ser carregada em uma tomada comum de 110 ou 220 volts. Com carga completa, tem autonomia para rodar de 40 a 50 quilômetros, numa velocidade máxima de 50 quilômetros por hora. O carregamento da bateria leva de duas a seis horas, segundo a empresa, e o consumo de energia equivale ao de um aparelho de TV. No ano passado, foram vendidas no Brasil 1,268 milhão de motos, 23,7% a mais que em 2005. A produção total chegou a 1,4 milhão de unidades, um crescimento de 11,3%. Para 2007, a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) prevê produção de 1,6 milhão de unidades e vendas internas de 1,45 milhão. A Honda é líder do mercado nacional, com mais de 80% das vendas. Seu modelo mais barato, a Pop 100, custa R$ 3.990.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.