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Vale do Rio Doce quer diversificar portfólio de minerais

Por Agencia Estado
Atualização:

Com o objetivo de diversificar seu portfólio de minerais, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) deve reduzir as vendas de minério de ferro e pelotas para 60% do total, segundo o diretor financeiro da mineradora, Fábio Barbosa. Com essa meta em mente, a mineradora pretende investir na expansão da capacidade de produção de bauxita, carvão, cobre e níquel. "Queremos diversificar porque isso cria mais valor para os acionistas", afirmou durante recente apresentação para analistas. No primeiro trimestre de 2005, as vendas de minério de ferro da Vale somaram US$ 2,6 bilhões, ou 74% das vendas totais do grupo. "O restante seria dividido entre bauxita, carvão, cobre e níquel", afirmou Barbosa. Os preços desses metais atingiram alta recorde em maio, influenciados pelo apetite voraz da China por matéria-prima. O alumínio bateu alta recorde nos contratos de três meses no mês passado, negociado a US$ 3.300 a tonelada na Bolsa de Metais de Londres (LME, na sigla em inglês). Na sexta-feira, o metal era negociado a US$ 2.502, com salto de 40% na comparação com igual período do ano anterior. O cobre e o níquel também passaram por uma surpreendente valorização. O valor dos contratos de cobre para entrega em três meses na LME dobrou desde setembro de 2005, para US$ 7.420 por tonelada. O cobre também atingiu alta recorde em maio, cotado a US$ 8.825 por tonelada. O preço do níquel acumula alta de 50% desde o início do ano, impulsionado por uma demanda sazonalmente forte no segundo trimestre. O níquel atingiu valor recorde de US$ 23 mil por tonelada no mês passado. Enquanto isso, os preços do carvão têm disparado por causa do recente aumento na produção global de aço. Barbosa não revelou quando o grupo espera atingir a meta reduzir as vendas de minério de ferro para 60% do total, mas afirmou que os atuais investimentos e sua agenda de projetos indicam que a Vale pretende colocar muitos projetos de metais não-ferrosos em operação nos próximos anos. No primeiro trimestre de 2007 a Vale vai iniciar as operações na mina de bauxita em Paragominas, no Estado do Pará. A mina inicialmente vai produzir 5,4 milhões de toneladas de bauxita por ano. Esse volume deve subir para 9,9 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2008. De acordo com Barbosa, a Vale controla cerca de 11% das reservas mundiais de bauxita. A mineradora também pretende expandir as instalações de refino de bauxita, além da produção de alumina e alumínio primário para aproveitar essas reservas, acrescentou o executivo. As informações são da agência Dow Jones.

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