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VCP não fará desembolsos na permuta de ativos com a IP

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presidentes da International Paper (IP) do Brasil, Maximo Pacheco, e da Votorantin Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, explicaram hoje que a permuta de ativos firmada entre as companhias não envolve desembolsos ou pagamentos de uma parte à outra. Hoje pela manhã, as empresas divulgaram que a VCP entregará sua fábrica de celulose e papel mais a base florestal de Luiz Antônio (SP) em troca das florestas da norte-americana e da planta de celulose em construção no município de Três Lagoas (MS). "Não haverá investimento nenhum por parte da VCP. A IP já possui o funding necessário para a construção da fábrica, de forma que não haverá desembolsos de nossa parte", ressaltou o diretor financeiro e de relações com investidores da VCP, Valdir Roque. Segundo ele, a negociação entre VCP e IP não envolveu cálculo do valor de mercado em particular de cada ativo, cuja permuta será efetivada em 1º de fevereiro de 2007. "Estimamos que um projeto de fábrica de celulose de mesmo porte custe em torno de US$ 1,15 bilhão. Mas isto é apenas uma estimativa", complementou Roque. A unidade que será entregue pela IP produzirá 1,1 milhão de toneladas ano de celulose branqueada de eucalipto e entrará em operação em janeiro de 2009, data em que também deve partir a primeira máquina de papel cut size que será implantada pela norte-americana em Três Lagoas. De acordo com o presidente da VCP, a IP comprará a preço de mercado parte da celulose ali produzida. Conforme Maximo Pacheco, o conselho mundial aprovou a implantação da primeira máquina de papel e a opção de instalação de uma segunda máquina também com uma capacidade de 200 mil toneladas ano já está em estudo. "É uma opção considerada para a partir de 2011." O executivo comentou ainda que o papel produzido na unidade abastecerá principalmente o mercado latino-americano. Com a capacidade da nova máquina em Mato Grosso, mais a produção proveniente de Luiz Antônio (360 mil toneladas ano) e a base já instalada no País (450 mil toneladas ano), a IP alcançará em 2009 capacidade de produção de aproximadamente 1 milhão de toneladas ano de papel no Brasil. "Isso consolida o País como plataforma de crescimento da companhia", enfatizou Pacheco. A VCP, por sua vez, alcançará capacidade de produção de mais de 3 milhões de toneladas ano de celulose de mercado em 2012, considerando-se: o volume produzido atualmente, mais 1,1 milhão de toneladas ano de Três Lagoas a partir de 2009 e o projeto no Sul do País, cuja localidade ainda não foi definida e que deve entrar em operação em agosto de 2011, com capacidade de cerca de 1 milhão de toneladas ano. De acordo com Penido, o foco na fibra leva em conta a vantagem competitiva que o Brasil oferece para sua produção. "A VCP continuará atuando no mercado de papel por meio da produção da Ripasa e da máquina de papel de imprimir e escrever de Jacareí. Mas neste momento reduzimos a ênfase em papel", complementou. Como parte da permuta anunciada hoje, a IP fornecerá o excedente de produção de celulose em Luiz Antonio para a VCP a preço de mercado, com vistas a abastecer a fábrica da companhia brasileira em Piracicaba (SP).

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