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Volátil, dólar termina estável com giro financeiro maior

Moeda norte-americana se manteve, no entanto, ainda acima do R$ 1,80

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

A insegurança dos agentes financeiros com os Estados Unidos e a Europa manteve os mercados sem direção única nesta terça-feira. Após reproduzir aqui a volatilidade do segmento externo de moedas, o dólar à vista fechou estável, mas ainda acima de R$ 1,80 pelo segundo dia consecutivo. Com um volume de negócios um pouco maior em meio ao fluxo cambial positivo, o dólar no balcão terminou cotado a R$ 1,806 (estável), após acumular alta de 3,56% nas cinco sessões anteriores. Na BM&F, o dólar à vista terminou com perda de 0,16%, a R$ 1,8030. O dólar por aqui firmou-se em baixa a partir do meio da tarde, após o euro se fortalecer em relação à moeda dos Estados Unidos com a notícia de que o Fundo Monetário Internacional (FMI)aprovou duas novas linhas de crédito. Uma das linhas poderá permitir que os países tomem empréstimos de até dez vezes o valor de sua contribuição para o Fundo. Antes disso, várias notícias sustentaram o vaivém do dólar. No começo do dia, a moeda recuou em meio a certo alívio dos investidores com a decisão das principais agências de classificação de risco de manter inalterados os ratings dos EUA, apesar do fracasso das negociações do supercomitê para reduzir despesas do orçamento do país, que favoreceu o avanço da moeda. Depois, no entanto, as más notícias minaram o ambiente de negócios. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 2,0% no terceiro trimestre, segundo dados revisados, numa leitura menor do que o dado inicial, de expansão de 2,5%, e também abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 2,3%. Na Europa, subiu a taxa de retorno ao investidor dos títulos da Espanha vendidos em leilão assim com foi recorde o custo do seguro da dívida (CDS) do país, da Bélgica, da França e até da Alemanha.No mercado local, os dados do setor externo brasileiro em outubro não surpreenderam, apesar da primeira queda no ano do Investimento Estrangeiro Direto (IED), que foi atribuída à base forte de comparação em 2010 e também à crise internacional. O fluxo cambial em novembro até o dia 18 foi positivo em US$ 1,207 bilhão, com entrada líquida pela conta comercial de US$ 1,399 bilhão no período e saídas financeiras líquidas de US$ 191 milhões. Já a posição dos bancos no mercado cambial está comprada em US$ 3,386 bilhões em novembro, até o dia 18. O valor é ligeiramente menor do que o observado no fechamento do mês de outubro (de US$ 3,713 bilhões.

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