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Mesmo antes de o leilão chegar, empresas que operam no Brasil, assim como está ocorrendo em várias partes do mundo, já trabalham para oferecer aos usuários um tipo específico de tecnologia 5G. Entenda o que isso significa e saiba todas as funcionalidades que esses sistemas inovadores vão apresentar ao mundo nos próximos anos.

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Por Redação
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Mesmo sem decisão, 5G começa a se expandir

Tecnologia DSS permite conectividade de quinta geração

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A notícia de que a tecnologia 5G está funcionando em algumas cidades brasileiras, apesar de o leilão das faixas de frequência em que as operadoras vão implementar as redes de quinta geração ainda nem ter ocorrido, não é uma fake news. Mas como, então, é possível falar que o 5G já opera se o prazo otimista para os leilões, agora, é o segundo semestre do ano que vem?

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A resposta está em uma tecnologia chamada DSS (Dynamic Spectrum Sharing ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro), que no Brasil foi trazida pela Ericsson – uma das maiores fornecedoras globais de infraestrutura 5G – e implementada, em primeiro lugar, na rede da Claro, em julho, em algumas regiões das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. A conectividade 5G DSS, até o fim do ano, chega a outras 12 cidades brasileiras.

Com o DSS, as operadoras também ganharão em rapidez na implementação do 5G e terão grande economia de recursos, pois as frequências a serem utilizadas já estão com as empresas. Elas são as mesmas adquiridas em um leilão anterior. Com isso, elimina-se a necessidade de investimentos imediatos mais pesados em tecnologia e abrem-se caminhos para os recursos serem usados principalmente em infraestrutura – estações de radiobase, antenas, fibra ótica, estrutura do core das redes – necessária para colocar o 5G no ar.

Na transmissão sobre o 5G DSS feita pela TV Estadão, que reuniu Marcio Carvalho, diretor de Marketing da Claro, e Tiago Machado, VP de Negócios da Ericsson, os executivos explicaram o mundo de possibilidades que se abre para clientes de diversos nichos, com a chegada dessa primeira experiência 5G aos consumidores brasileiros, tanto corporativos quanto pessoas físicas.

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“Na prática, estamos disponibilizando uma tecnologia de geração muito mais nova, que permite transmitir muito mais dados utilizando o mesmo recurso”, diz Carvalho. Segundo ele, o investimento agora em um smartphone 5G DSS “vai permitir usá-lo normalmente após o leilão das frequências”.

Para Machado, a jornada está apenas no início. “Essa evolução gradativa às vezes passa despercebida, mas tem um investimento muito grande na rede, nas plataformas e nos serviços, que às vezes os consumidores não enxergam”, explica. “O DSS é uma funcionalidade do 5G para que você possa utilizá-lo desde já nas bandas usadas pelo 4G. É só um primeiro passo: estamos trabalhando há cinco anos para preparar tudo isso, as plataformas, o núcleo das redes e os datacenters.”

Ao consumidor, o DSS permite a “primeira experiência 5G”, segundo os executivos, e que será “ainda mais avançada” após o leilão. Um passo muito importante em direção ao futuro e ao mundo de novas aplicações que o 5G vai trazer.

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Eles também esclareceram algumas dúvidas muito comuns: o 5G e o 5G DSS, eles afirmaram, vão coexistir e se complementar, para aumentar a cobertura das faixas.  Outra questão esclarecida: todas as demais tecnologias – 2G, 3G e 4G – que suportam serviços como pagamentos via máquinas de cartão, voz e dados continuarão a funcionar e a coexistir. Na prática, ninguém vai precisar trocar de celular ou dispositivo móvel em uso hoje.

O consenso entre os executivos é de que o Brasil tem de ser rápido em definir as regras da concorrência de frequências, para não perder a oportunidade de aumentar a disponibilidade do 5G e, assim, impulsionar a recuperação econômica.

Media Lab Estadão 

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As diferenças entre ​o 5G DSS e o 5G ‘full capacity’

Ao mesmo tempo que o 5G DSS é o primeiro passo para a implementação das redes 5G de alta capacidade, a tecnologia, por causa da limitação das frequências onde funciona, ainda não oferece a capacidade máxima que a quinta geração é capaz de entregar.

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O modelo brasileiro é o mesmo adotado em boa parte do mundo, em países onde as operadoras se adiantaram à licitação de frequências para estrear a tecnologia. Por aqui, a implementação do 5G DSS começou a ser feita pela operadora Claro em julho em algumas regiões das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, nas faixas de 2.600, 2.100, 1.800 e 700 MHz.

O 5G DSS permitirá que a rede passe a distribuir dinamicamente, e de maneira automatizada, os recursos de conectividade entre os 5G, que em breve chegarão ao mercado. Assim, ninguém ficará sem conexão, não importando a geração móvel que usar.

“A alocação é feita embasada em um algoritmo inteligente, que maximiza o potencial de cada tecnologia”, diz Celso Birraque, diretor de Redes de Acesso Móvel da Claro. “Para o usuário 4G, o desempenho fica até melhor, porque o 5G, por causa da alta taxa de transmissão de dados, acaba desocupando a rede mais rapidamente.”

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No leilão no ano que vem, as teles vão adquirir os espectros necessários para que o 5G funcione plenamente, em especial a faixa de 3,5 GHz (frequências entre 3,3 e 3,6 GHz), que vai abrir as portas em definitivo para as redes de altíssima velocidade. Essas faixas oferecem muito mais largura de banda do que as usadas hoje pelo 5G DSS, possibilitando a exploração máxima da arquitetura 5G.

Essa largura, necessária para o tráfego de dados em velocidade, é comparável a uma estrada, suportando mais velocidade quanto maior ela for. Pense em uma rodovia com faixa única, que comporta determinado número de veículos, que representariam o tráfego de dados. Hoje, nas frequências atuais, o 5G fica limitado por essa largura de pista única. Com as faixas a serem licitadas pela Anatel, é como se a banda, ou seja, a estrada, fosse alargada para cinco faixas, o que vai aumentar a velocidade média da via. Essa é a principal diferença entre o 5G capacidade máxima, pós-leilão e o 5G DSS.

Media Lab Estadão 

Como acessar o 5G DSS agora?

Para usufruir do desempenho do 5g desde já, você precisa ter em mãos um smartphone que suporte o acesso ao 5g dss. três, neste momento, são comercializados de forma oficial e compatíveis com a tecnologia: motorola edge, motorola moto g 5g plus e samsung galaxy note 20. até o fim do ano, é esperada a chegada da família iphone 12, que também deverá ser compatível com a tecnologia.

não é necessário trocar o chip nem assinar plano de dados específico para usar o 5g imediatamente. no entanto, diante do alto desempenho da rede, e características técnicas, como a velocidade dos próprios smartphones, o consumo tende a ser grande (especialmente em streaming de alta definição).

com a popularização dos celulares 5g, haverá mais opções, em breve, para o consumidor brasileiro — trazer de fora ou comprar na china não é recomendado, visto que os aparelhos nacionais rodam um software específico para “pescar” o 5g dss, de acordo com Celso Birraque, diretor de redes de acesso móvel da claro. É o software, segundo birraque, que será atualizado posteriormente e fará com que os celulares que acessam 5g dss sejam compatíveis com o 5g padrão, quando as operadoras disponibilizarem o serviço.

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