
31 de março de 2014 | 17h13
As empresas esperam mostrar os impactos que a cobrança poderia ter no segmento. O governo prepara aumento da tributação para setores como cosméticos e bebidas frias na intenção de cobrir parte do custo adicional com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A cobrança do PIS e da Cofins no setor de cosméticos, feita hoje pelo fabricante, passará a ser de responsabilidade dos distribuidores, como apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Analistas de mercado lembram que é prática comum entre as fabricantes vender seus produtos por meio de uma distribuidora relacionada a elas para reduzir a carga tributária. Em relatório recente, o JPMorgan afirmou que as empresas "vendem os produtos para suas distribuidoras saindo da indústria num valor mais baixo do que é vendido ao mercado, reduzindo a base de cálculo para PIS e Cofins". A mudança alteraria esta lógica. O banco calculou que alteração na tributação poderia afetar os resultados da Natura e concluiu que o Ebitda anual da empresa de cosméticos sofreria impacto negativo de 11% com a mudança.
Uma das preocupações das empresas apontada por analistas é a pequena capacidade que as companhias teriam para repassar a elevação de impostos a preços. De acordo com o Goldman Sachs, um aumento da carga tributária seria apenas parcialmente repassado a preços, já que existe elasticidade na demanda.
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