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Ação da Cosan despenca após compra de operação da Esso

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

A compra dos ativos da Esso no Brasil pela Cosan pegou o mercado de surpresa e castigou as ações da companhia, especializada até então apenas na produção e comercialização de álcool e açúcar no país. A dúvida, segundo analistas, é de como a empresa vai gerir o novo negócio, que também era disputado pela gigante Petrobras. "Para a Petrobras era um negócio pequeno, não atrapalha tanto a estratégia ter perdido, mas a dúvida é de como a Cosan vai lidar com o novo negócio, trabalhar com outros produtos", avaliou o analista do Unibanco Vladimir Pinto. "...causou alguma estranheza até porque eles (Cosan) diziam que iam crescer na ponta de produção", complementou. A Cosan, que concentra suas operações no Estado de São Paulo e é a maior produtora de açúcar e álcool do Brasil, divulgou nesta quinta-feira a compra dos negócios de distribuição de combustíveis da Esso no Brasil por 826 milhões de dólares. A compra envolve 1.500 postos de serviços em 20 Estados do país. Às 11h24, as ações da Cosan despencavam 5,6 por cento, a 25,5 reais, depois de chegarem a recuar 8 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa tinha baixa de 1 por cento, enquanto as ações da Petrobras caiam 2,1 por cento, a 83,16 reais. Segundo Pinto, rumores de mercado apontam agora o apetite da Petrobras na direção da Texaco, para manter a estratégia de ampliar a participação no mercado de distribuição no país. Outra opção seria a aquisição dos chamados postos de bandeira branca. O diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, admitiu esta manhã que após a derrota para a Cosan a empresa terá que rever sua estratégia, mas não deu detalhes. "Agora vamos ver como isso vai se processar, vamos ter que fazer uma reavaliação", disse Costa à Reuters. Para Pedro Galdi, do ABN Amro, a queda das ações da Cosan demonstra a preocupação com a diversificação da companhia. "É uma compra muito grande, o mercado vai analisar como ela vai digerir isso, a preocupação é com o tamanho do negócio", afirmou Galdi.

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