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Aécio descarta aquisição da CEB pela Cemig

Por WALTER BRANDIMARTE
Atualização:

A estatal mineira Cemig descartou nesta quarta-feira a aquisição da Companhia Energética de Brasília (CEB) --possibilidade levantada na mídia após o anúncio, no final de maio, de estudos para a ampliação de uma parceria entre as empresas. "Não existe absolutamente nada de concreto em relação seja à aquisição ou mesmo uma associação com a CEB", afirmou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), em visita a Bolsa de Valores de Nova York com executivos da Cemig. "Até porque nós acabamos de vir de processo vigoroso de aquisição da Terna", acrescentou. "Hoje o que existe são apenas conversas de cooperação da Cemig para suprir deficiências da CEB." Segundo ele, a disposição do Distrito Federal é construir uma parceria com a Cemig que "poderia ser administrativa e gerencial". "Não avançamos nada além disso", insistiu. A empresa mineira anunciou em 24 de abril a compra da holding de transmissão de energia Terna por 2,33 bilhões de reais. Apesar dos comentários acerca da CEB, Aécio disse que a Cemig está aberta a avaliar novas oportunidades de compra. "É óbvio que novas oportunidades que vierem a ser oferecidas à Cemig serão examinadas pela empresa dentro de seu planejamento estratégico e da sua capacidade financeira", disse. Aécio afirmou também que a Cemig "é uma empresa extremamente capitalizada". "Minha visão, como acionista majoritário da Cemig, é que o setor energético brasileiro tende a se consolidar em torno de três ou quatro empresas. E a Cemig aproveita o fato de estar capitalizada e de surgirem bons negócios no mercado como resultado dessa crise para estar na base dessa consolidação", afirmou. Aécio foi questionado se teria interesse na geradora paulista Cesp, que o governo de São Paulo tentou leiloar sem sucesso. "Eu disse que somos compradores de bons negócios", respondeu, acrescentando que se trata de "um negócio extremamente complexo e há uma vedação, pelo menos a priori, da compra por uma empresa de controle estatal".

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