A Moody's Investors Service reafirmou o rating de crédito dos EUA em Aaa e disse que o fracasso do chamado Supercomitê do Congresso em alcançar um acordo para a redução dos déficits do governo do país não é decisivo. "O rating para o governo dos EUA é Aaa com perspectiva negativa. Como a Moody's declarou em 1º de novembro, as deliberações do Comitê Conjunto Seleto seriam informativas para a análise do rating, mas não decisiva, e o fracasso em alcançar um acordo não levaria, por si só, a uma mudança no rating do governo dos EUA", disse a agência em comunicado.
No mesmo movimento, a Standard & Poor's disse que o rating de crédito dos EUA, AA+ com perspectiva negativa, não será afetado pelo fracasso do "supercomitê", pelo menos enquanto o Congresso continuar a seguir o que foi acertado em agosto. Na época, os dois partidos políticos do país concordaram que se o "supercomitê" não chegasse a um acordo até esta quarta-feira, isso provocaria cortes automáticos em uma série de gastos do governo a partir de 2013. Em comunicado, a S&P diz que a incapacidade do "supercomitê" de conseguir um acordo mostrou-se consistente com a decisão da própria agência, em agosto, de rebaixar o rating dos EUA de AAA para AA+. "Contudo, nós esperamos que os tetos para gastos, como definidos na lei de Controle do Orçamento de 2011, continuem a vigorar. Se esses limites forem relaxados, a pressão de baixa sobre os ratings poderá crescer", acrescenta a S&P.
Fitch avalia
Já a Fitch Ratings disse que espera concluir sua revisão do rating de crédito dos EUA até o fim de novembro. O anúncio foi feito após o supercomitê admitir o fracasso das negociações."Em comunicado da Fitch em 16 de agosto, quando ela afirmou os ratings soberanos dos EUA em AAA com perspectiva estável, a agência comentou que atualizaria suas projeções econômicas e fiscais para os EUA à luz do trabalho do 'supercomitê'. A Fitch também comentou que o fracasso do 'supercomitê' em alcançar um acordo provavelmente resultaria em uma ação de rating negativa - provavelmente uma revisão da perspectiva para negativa, o que indicaria uma probabilidade maior de 50% de um rebaixamento num horizonte de dois anos. Menos provável seria um rebaixamento de um grau", diz o comunicado da Fitch.O texto acrescenta que o fracasso do "supercomitê" "põe em destaque o desafio de assegurar consenso político sobre como reduzir o déficit federal e colocar as finanças públicas dos EUA numa via sustentável no médio prazo"
As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)