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Airbus e Safran criam joint venture para lançamento espacial

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Por Redação
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O Airbus Group e a Safran confirmaram nesta segunda-feira planos para uma parceria em lançadores espaciais, acelerando esforços para afastar uma ameaça crescente para o foguete espacial europeu Ariane a partir da rival norte-americana de baixo custo SpaceX. O movimento é o primeiro passo em direção a uma consolidação após o presidente-executivo do Airbus Group, Tom Enders, mencionar a necessidade de uma revisão fundamental na complexa forma utilizada pela Europa para projetar e construir lançadores, falando exclusivamente à Reuters no mês passado. Os executivos discutiram a nova parceria com o presidente francês, François Hollande, que chamou a investida de "grande passo" para a consolidação enquanto ressaltou a importância de 16.000 postos de trabalho do Ariane na França - um número que muitos analistas esperam que fique sob pressão à medida que a Europa corte o custo de lançamentos espaciais. A Reuters informou no domingo o movimento em direção a uma cooperação industrial mais estreita. As companhias informaram que a joint-venture irá combinar os sistemas de lançamento do Airbus Group com os sistemas de propulsão da Safran, mas insinuaram uma integração mais ampla de atividades públicas e privadas, em um esforço para duplicar o sucesso da fabricante de aviões Airbus. O lançador espacial europeu Ariane 5 domina o mercado de grandes satélites comerciais, mas enfrenta crescentes preocupações sobre o seu futuro devido à concorrência com a Space Exploration Technologies (SpaceX), administrada pelo bilionário empresário Elon Musk. Sob o sistema atual, sob os auspícios da Agência Espacial Europeia, agências espaciais nacionais, como a CNES na França e DLR na Alemanha, projetam os lançadores e passam os desenhos para o Airbus Group fabricar os produtos, que são então repassados para uma terceira parte, a Arianespace, para promovê-los. A Arianespace é de propriedade de vários acionistas públicos e privados em 10 países europeus diferentes, incluindo Airbus, com cerca de 30 por cento e Safran com 11 por cento, com a CNES como maior acionista, com quase 35 por cento. Airbus e Safran disseram que vão propor um projeto comum para o Ariane 6, em relação ao qual tem havido divergências entre França e Alemanha, e acelerar uma solução provisória, o Ariane 5 ME. (Por Tim Hepher e Elizabeth Pineau)

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