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Alcoa realiza novo corte em produção de alumínio

Por JAMES REGAN
Atualização:

A Alcoa cortou mais 350 mil toneladas de sua capacidade de produção mundial de alumínio, a mais recente redução de uma grande produtora frente à deterioração dos mercados. A gigante norte-americana divulgou que precisa fazer os cortes através de seu sistema de fundição devido ao enfraquecimento da demanda por alumínio, o que eleva seu volume total de redução de produção para 615 mil toneladas, ou 15 por cento de sua capacidade total. As reduções ainda seguem o corte de 720 mil toneladas pela maior produtora da China, a Aluminium Corp of China (Chalco), anunciado no mês passado. "A situação na China é muito diferente hoje do que era alguns meses atrás, com a atividade industrial se reduzindo dramaticamente", disse Mark Pervan, estrategista-chefe de commodities do Australia & New Zeland Bank. O mercado mundial de alumínio movimenta em torno de 40 milhões de toneladas por ano, informou a Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics. Até agora, a China realizou as reduções mais profundas, que levaram um grande número de fundições de alto custo a ficarem ociosas este ano. Mas à medida que a crise financeira atinge mais profundamente a atividade industrial global, tais efeitos se estendem. Outra grande produtora, a Rio Tinto está revendo uma joint venture no setor de alumínio , estimada em 10,6 bilhões de dólares, com a companhia saudita Maaden, como parte de uma reavaliação de todos os seus negócios em alumínio. Fontes próximas ao projeto disseram que a parceria pode ser adiada em até dois anos. "Nós estamos olhando para a viabilidade técnica e financeira de todos os nossos projetos, isso não é apenas para a Maaden", disse à Reuters Dick Evans, diretor de negócios de alumínio da Rio Tinto, em Dubai. No mesmo período do ano passado, a Rio Tinto gastou 38 bilhões de dólares para comprar a produtora de alumínio canadense Alcan, superando facilmente a oferta de 27 bilhões de dólares realizada pela Alcoa, sob a justificativa de querer se tornar a maior produtora mundial. No Brasil, a Vale está reduzindo a produção da Valesul, sua unidade de alumínio no Rio de Janeiro, para 40 por cento da sua capacidade anual de 95 mil toneladas. Os preços de alumínio caíram mais de 40 por cento para cerca de 1,995 mil dólares a tonelada desde julho na London Metal Exchange, à medida que a demanda das indústrias se reduziu.

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