Publicidade

Álcool: Rodrigues diz que situação é normal e descarta intervenção

Por Agencia Estado
Atualização:

Brasília, 5 - O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que o governo está acompanhado a situação do mercado de álcool combustível no País e descartou qualquer medida para reduzir os preços nas usinas. No entanto, ele disse que o governo continuará atento ao problema e, se for necessária uma intervenção, a questão será negociada com o setor privado. Na opinião do ministro, no momento "a situação é absolutamente tranqüila e está dentro da normalidade". Ele disse que os preços praticados pelos usineiros estão dentro do acordo firmado entre eles e o governo no começo do ano passado. Por este acordo, explicou o ministro, o preço do anidro nas usinas não poderia ultrapassar R$ 1,00/litro. Na última sexta-feira, o anidro que é adicionado a gasolina foi negociado a R$ 0,9599/litro nas usinas de São Paulo, segundo o levantamento semanal do Centro do Estudos Avançados em Economia Aplicado (Cepea/Esalq/USP). No final de abril, quando a safra atual estava no começo, o litro do anidro era negociado a R$ 0,4582, segundo o levantamento do Cepea. De acordo com o ministro, várias questões justificam os aumentos ds preços do álcool no mercado interno. O primeiro é o aumento da produção de veículos bicombustíveis. Em 2004, a produção deste tipo de veículo soma 250 mil unidades, contra 48 mil no ano passado. Rodrigues também disse que há uma questão psicológica no aumento dos preços do álcool. "As cotações do petróleo no mercado internacional têm atingido recordes históricos. Num cenário como este, é normal o aumento na demanda por carros a álcool", disse o ministro. Ele afirmou que, no entanto, voltará a discutir a questão do abastecimento ainda neste mês, quando deve acontecer uma nova reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, em data ainda ser marcada. Rodrigues disse que espera que o setor apresente na reunião dados detalhados sobre o mercado de álcool e açúcar no País.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.