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Alemã MAN vê ano ruim após perdas em 2009; confia no Brasil

Por CHRISTIAAN HETZNER
Atualização:

O grupo industrial alemão MAN avisou que é pouco provável que apresente crescimento em 2010, depois de ter anunciado perdas líquidas em 2009 superiores ao previsto, devido a uma amortização de sua participação na empresa de caminhões Scania e ao pagamento de multas em uma investigação de pagamento de propinas. As vendas de seus veículos comerciais caíram pela metade no ano passado, depois de a crise econômica global ter provocado uma queda dramática na demanda, que também castigou severamente empresas rivais como a Volvo. O presidente executivo da MAN avisou que a empresa prevê uma estagnação em 2010. A previsão dissipa a esperança de um crescimento inevitável, dado que a produção quase certamente voltaria a subir em relação aos níveis de produção fortemente deprimidos vistos no ano passado. "2010 não será um ano de recuperação no sentido clássico, mas podemos prever uma estabilização", disse George Pachta-Reyhofen no relatório anual da empresa. A fabricante de caminhões de Munique anunciou uma perda líquida de 258 milhões de euros (353 milhões de dólares), contra um ganho líquido de 1,2 bilhão de euros no ano anterior. Uma sondagem feita pela Reuters junto a 13 analistas revelou que a previsão tinha sido de que a empresa teria perdido apenas 158 milhões de euros. A MAN registrou 656 milhões de euros de itens especiais, incluindo 382 milhões em amortizações ligadas principalmente a sua participação na sueca Scania e 151 milhões em multas para encerrar uma investigação por supostos subornos. A empresa disse que planejava oferecer um dividendo de 0,25 dólar por ação, contra os 2 euros do ano passado e os 0,5 euro prognosticados pela sondagem. BRASIL A MAN prevê que os negócios de sua divisão principal de veículos comerciais continuem no nível atual neste ano, enquanto sua unidade brasileira, a MAN Latin America, deve apresentar progressos positivos. "Esperamos voltar a ter ganhos muito bons na MAN Latin America", disse Pachta. "Vemos apenas um impacto limitado do ônus da amortização acima do previsto, dado que esta não levou a nenhuma saída de efetivo e que a maioria dos analistas utiliza um modelo de soma das partes que já inclui o valor de mercado da participação da MAN na Scania", escreveu Michael Punzet, analista do DZ Bank, mantendo sua recomendação de "comprar." (Reportagem de Christiaan Hetzner)

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