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Algodão: China deve manter importação de 1,7 a 2 mi/t em 2004/05

Por Agencia Estado
Atualização:

São Paulo, 17 - As importações de algodão da China no ano safra 2004/05 devem permanecer em torno de 1,7 e 2 milhões de t, volume praticamente igual ao do ano safra anterior. Em 2203/04, o país comprou 2 milhões de t. A informação é do Centro de Informação do Algodão, braço da chinesa National Cotton Reserves. "Graças à expansão da indústria têxtil chinesa, a demanda por algodão deve ficar entre 7,9 e 8 milhões de t em 2004/05, um aumento de 9% sobre as 7,3 milhões de t em 2003/04", afirmou a chefe do centro de informação Mei Yong. Segundo ela, o forte aumento da produção chinesa de algodão em 2004 levou à diminuição da demanda por importações. Em setembro, a China colheu 6,22 milhões de t de algodão, aumento de 28% sobre a produção do ano anterior, com melhora na produtividade, clima favorável e aumento da área plantada. As importações chinesas normalmente diminuem neste período do ano. "O país deve retomar as importações assim que os preços internacionais ficarem pelo menos 1.000 yuans (US$ 1 = 8,2599 yuans) abaixo das cotações do mercado doméstico", afirmou Mei. O algodão chinês é oferecido atualmente a 11.217 yuan/t para entrega no físico, contra os 13.000 yuans do produto importado. Os EUA se mantêm como principal fornecedor de algodão para o mercado chinês. Segundo ela, o país responde por 60% a 65% das importações chinesas no ano. "Nossa estimativa é que as importações fiquem em torno de 1,1 milhão de t em 2004/05", disse a chefe do centro de informação. Em 2003/04, a China importou 1,12 milhão de t dos EUA. Mas ela observa que os EUA deverão enfrentar mais competição neste ano, já que o país poderá realizar mais compras do Brasil e países do Oeste Asiático. Para Mei, a medida adotada pelo governo desde março de restringir os créditos pode causar problemas para os importadores que dependem fortemente dos empréstimos bancários para pagar as cargas. Isso, segundo ela, pode afetar o fluxo no mercado físico. O setor de têxteis é fortemente controlado pelo governo. As informações são da Dow Jones.

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