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Alimentos continuam vulneráveis a saltos nos preços em 2012, diz FMI

Apesar de mercado continuar se sustentando, Fundo prevê que índice de commodities recuará 5,5% na segunda metade de 2011

Por Filipe Domingues e da Agência Estado
Atualização:

O mercado global de alimentos continua sustentando preços recorde, já que os baixos estoques e a crescente demanda favorecem saltos das cotações, afirmou nesta quarta-feira, 21, o Fundo Monetário Internacional (FMI). Entretanto, em relatório econômico divulgado duas vezes ao ano, o FMI prevê que seu índice de commodities não combustíveis recuará 5,5% na segunda metade de 2011, pois o frágil crescimento econômico contém a demanda. Segundo o FMI, os preços dos alimentos já subiram 20% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, e devem permanecer altos e voláteis no início de 2012, apesar da expectativa de um crescimento "flutuante" na produção durante o próximo ano. "Os mercados de alimentos permanecem precariamente equilibrados", diz o relatório, acrescentando que o risco ainda é de valorização. Os preços dos alimentos saltaram para níveis recorde no início deste ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), despertando tumultos em países em desenvolvimento e causando dores de cabeça nos legisladores. De acordo com o FMI, os mercados ainda têm potencial para repetir os dois saltos dos preços observados nos últimos quatro anos, conforme a demanda global por produtos agrícolas subir 2,25% em 2011/12, puxada pelo consumo na China e em outras economias emergentes. Enquanto isso, preocupações com o clima, inclusive com secas na Europa e na China e grandes oscilações de temperatura nos Estados Unidos, representam um "risco imediato" aos mercados, que ainda lutam para reabastecer os estoques globais. "Mesmo modestas reduções adicionais no cenário de oferta podem despertar uma grande resposta nos preços, influências entre commodities e uma volatilidade maior, semelhante aos acontecimentos do início de 2011", afirma o FMI. As informações são da Dow Jones.

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