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Alta de vendas e de preços elevam lucro da AGCO

Por José Roberto Gomes
Atualização:

A fabricante e distribuidora mundial de máquinas agrícolas AGCO anunciou nesta quinta-feira que o lucro do segundo trimestre aumentou 53%, para US$ 204,9 milhões, ou US$ 2,08 por ação. No mesmo período do ano passado, a companhia lucrou US$ 133,7 milhões, ou US$ 1,36 por ação. De acordo com a empresa, a elevação é resultado de um aumento do volume das vendas, a preços mais elevados, e de seu crescimento nos Estados Unidos.A receita da AGCO com vendas avançou 14% no segundo trimestre na comparação anual, para US$ 2,69 bilhões. Desconsiderando impactos cambiais desfavoráveis, o crescimento foi de 25%. A margem bruta da companhia também subiu de 20,7% há um ano para 22,7% no último trimestre. Analistas consultados pela Thomson Reuters previam um lucro de US$ 1,80 por ação e receita de US$ 2,82 bilhões.Segundo a AGCO, as vendas na Europa, no Oriente Médio e na África, que respondem pela maior fatia da receita da empresa, cresceram 0,5% no trimestre. Na América do Norte, o avanço foi de 86%. Já na América do Sul, houve queda de 10%. Esse bom desempenho na América do Norte e na Europa surtiu efeito no crescimento orgânico da receita, de 15% ante o mesmo trimestre de 2011.De acordo com a AGCO, a valorização das commodities agrícolas contribuiu para ampliar as vendas de máquinas agrícolas, como tratores e colheitadeiras, o que atenuou o impacto do lento crescimento econômico dos EUA e da Europa. Contudo, a companhia afirmou que o investimento em novos produtos e em produtividade geraram altos gastos com engenharia e com capital no segundo semestre.A AGCO espera lucrar entre US$ 5,50 e US$ 5,75 por ação neste ano - a previsão anterior era de US$ 5,50 por ação. Quanto à receita com vendas, a companhia reduziu sua projeção para US$ 10,1 a US$ 10,3 bilhões. A estimativa anterior era de US$ 10,2 bilhões e US$ 10,5 bilhões.No ano passado, a AGCO adquiriu a companhia de armazenamento de grãos norte-americana GSI Holding, na tentativa de expandir os negócios no país, seu mercado mais fraco. Fazem parte do grupo GSI processadoras de grãos tais como Archer Daniels Midland, Cargill e Bunge, além das produtoras de carnes bovina e suína Tyson Foods e Smithfield Foods.Fundada em 1990, o grupo AGCO vende suas máquinas por meio de quatro companhias principais: Challenger, Fendt, Massey Ferguson e Valtra. As informações são da Dow Jones.

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