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Alta em todos os tipos de leite mantém IPC pressionado, aponta Fipe

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Por Redação
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São Paulo, 27 - A elevação de preços do segmento Leites, por conta de problemas de oferta do produto no Brasil, é o principal fator responsável pela alta da inflação na capital paulista e não dá sinais de arrefecimento no curto prazo. A informação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane, que hoje destacou que a alta está presente em todas as variedades da bebida láctea pesquisas pela instituição. De acordo com a Fipe, o segmento Leites apresentou elevação de 10,65% na terceira quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 22/6) no âmbito do IPC-Fipe. O resultado superou o da segunda medição do mês, quando houve alta de 9,43%, e representou 33,9% da variação de 0,49% do índice calculado pela instituição para o município de São Paulo. "No levantamento da ponta ao consumidor (em que a Fipe mede os preços da semana de referência e compara com a mesma semana do mês anterior), os preços do leite continuam em forte alta, o que indica que a pressão permanecerá no IPC", adiantou. Quanto aos tipos de leite pesquisados, o Longa Vida representa a maior preocupação para a Fipe, já que, há um bom tempo, lidera o ranking das maiores pressões da inflação paulistana. Na terceira quadrissemana de junho, não foi diferente: alta deste tipo de leite passou de 14,16% para 15,32% e a contribuição isolada do item no IPC-Fipe foi de 27%. Dentro do segmento, a segunda maior alta foi do Leite Especial, de 5,15% ante 3,57% da medição anterior. A terceira ficou por conta do Leite Tipo "B", que subiu 4,88% ante 3,66% da segunda quadrissemana. Em seguida, apareceu o Leite Tipo "A", que avançou menos (1,77%) que no levantamento anterior (2,23%). Nakane chamou a atenção também para os preços do segmento Derivados do Leite, que contém itens como a manteiga, queijos e leite em pó. Entre a segunda e a terceira quadrissemana de junho, a alta deste conjunto de itens passou de 3,14% para 3,22%. A contribuição para a inflação, no mesmo período, passou de 9,38% para 9,75%. Apesar da elevação de 10,62% do preço da mussarela aparecer como a mais expressiva do segmento, Nakane destacou que o leite em pó preocupa mais. Mesmo com a alta deste item, de 2,94%, próxima da observada em outros produtos, como a manteiga (2,13%), ele salientou que, no levantamento da ponta, há sinais de maior espaço para novas elevações de preços. "Na ponta, a última semana apontou alta de 7,4% para o leite em pó. Deve também subir mais", disse.

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