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Anglo American mostra confiança em resultados apesar de preços baixos

O CEO Mark Cutifani prometeu transformar o negócio, cortando custos e vendendo ativos de baixo desempenho

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Por Redação
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Cutifani reiterou que a Anglo poderia vender alguns ativos de baixo desempenho, mas se recusou a especificar quais as operações estão sendo consideradas Foto: Mike Hutchings/Reuters

O presidente-executivo da Anglo Americano continua confiante de que ele poderá entregar a prometida melhoria da empresa nos próximos dois anos, apesar de fracos preços das commodities.

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As ações da Anglo, a menor das principais mineradoras diversificadas, têm ficado atrás de seus pares por anos, mas o CEO Mark Cutifani prometeu transformar o negócio, cortando custos e vendendo ativos de baixo desempenho.

A mineradora tem o objetivo de aumentar o seu retorno sobre o capital empregado (Roce) em pelo menos 15 por cento em 2016, ante 11 por cento no ano passado.

Nesta sexta-feira, no entanto, a empresa disse que o Roce caiu um ponto percentual, para 10 por cento, sob a pressão de preços mais baixos para alguns dos produtos, particularmente minério de ferro, a sua maior fonte de receita, e de uma greve de cinco meses na África do Sul, que cortou sua produção de platina por 40 por cento.

"Isso nunca vai ter uma melhoria linear", disse Cutifani. "Estou realmente mais confiante hoje sobre atingir a nossa meta em 2016, em relação ao que eu acreditava há 12 meses, dado o desempenho operacional ajustado e o potencial que vemos."

Cutifani reiterou que a Anglo poderia vender alguns ativos de baixo desempenho, mas se recusou a especificar quais as operações estão sendo consideradas.

A decisão final sobre esses ativos ainda não foi tomada, disse Cutifani, embora analistas tenham sugerido que a Anglo pode acabar vendendo seus ativos de níquel, bem como um pouco de carvão de baixo desempenho, além das minas de manganês e cobre.

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Parte da estratégia da Anglo para aumentar o retorno sobre o capital envolve a entrega de seu projeto brasileiro de minério de ferro Minas-Rio, de 8,8 bilhões de dólares, que a Anglo disse que está agora 95 por cento concluído, no caminho certo para exportações até o final do ano.

Depois de atrasos e estouros de orçamento, o Minas-Rio deve entregar 11-14 milhões de toneladas de minério de ferro no próximo ano e cerca de duas vezes esse número em 2016.

O lucro operacional ajustado da Anglo no primeiro semestre caiu 10 por cento, para 2,9 bilhões de dólares, em linha com as previsões dos analistas, enquanto o lucro ajustado por ação subiu 2 por cento, para 1 dólar, em comparação com a previsão de 0,93 dólar da média das previsões do mercado.

(Por Silvia Antonioli)

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