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Após recorde, cai intenção de consumo em SP, diz Fecomercio

A Intenção de Consumo das Famílias, calculada pela Fecomercio-SP, recuou para 141,6 pontos em janeiro, ante 147,2 pontos no mês anterior, uma queda de 3,8%

Por Agência Estado
Atualização:

Após registrar nível recorde em dezembro, a intenção de consumo em São Paulo recuou no início de 2011. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), recuou para 141,6 pontos em janeiro, ante 147,2 pontos no mês anterior, uma queda de 3,8%. Apesar da piora na comparação mensal, em relação a janeiro de 2010 o índice registrou alta de 2,1%.

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Segundo os analistas da Fecomercio, um dos fatores que justificam a retração da confiança das famílias em janeiro é o encarecimento do crédito, resultado da política de aumento do recolhimento compulsório pelos bancos adotada pelo Banco Central, que retirou R$ 60 bilhões da economia. A entidade salienta que a diminuição no consumo deve afetar o crescimento econômico do País, com menor geração de emprego e renda. Mas o ICF pode melhorar no próximo mês, dependendo do reajuste do salário mínimo.

Em janeiro, ao contrário de dezembro, todos os itens da pesquisa registraram redução na comparação mensal. A maior queda foi do item Momento para Duráveis (intenção atual de compra de bens duráveis): -8,1%. Nesse item, as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos registraram a maior redução: 10,1%. O quesito Nível de Consumo Atual caiu 4,4%.

Na categoria Perspectiva Profissional, o recuo foi de 5,6%. Segundo a Fecomercio, isso demonstra a redução na satisfação das famílias e o receio de que a economia neste ano não acompanhará o ritmo visto em 2010. Essa situação se agrava entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, onde a queda foi de 7,6%.

No item Renda Atual, a redução este mês foi de 1,1%. No ano passado, a inflação atingiu 5,91%, reduzindo o poder de compra dos consumidores, conforme aponta a Fecomercio. Além disso, os gastos de início de ano (como IPTU, IPVA, despesas escolares etc) afetam a Perspectiva de Consumo, que registrou retração de 3,6%. Para as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o declínio nessa categoria chegou a 11,3%.

Metodologia

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela Fecomercio desde agosto de 2009 junto a cerca de 2,2 mil consumidores na cidade de São Paulo. O índice vai de zero a 200 pontos, sendo que uma leitura abaixo de 100 pontos é considerada insatisfação e acima de 100 denota satisfação.

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