29 de abril de 2010 | 12h12
O Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 114%, passando de US$ 883 milhões para US$ 1,89 bilhão, mas ficou abaixo do montante de US$ 2,13 bilhões do quarto trimestre e da estimativa de US$ 2,08 bilhões dos analistas. A Arcelor disse que a queda do Ebitda em relação ao quarto trimestre resultou de perdas da produção relacionadas ao clima em janeiro, que somaram cerca de 200 mil toneladas, boa parte delas no Casaquistão.
Para o segundo trimestre, a siderúrgica projeta Ebitda entre US$ 2,8 bilhões e US$ 3,2 bilhões, um número superior à previsão do mercado. A dívida líquida aumentou em US$ 1,9 bilhão, para US$ 20,7 bilhões ao final do primeiro trimestre, por causa de investimentos em capital de giro e na atividade de fusões e aquisições. O grupo projeta aumento de 10% da demanda global de aço em 2010, liderada pelo crescimento dos mercados emergentes, e disse que está ampliando sua taxa de utilização da capacidade para 80% no segundo trimestre, de 72% ao final do primeiro.
"A recuperação econômica continua em linha com nossas expectativas, e 2010 deverá ser um ano mais forte para a ArcelorMittal", disse o executivo-chefe do grupo, Lakshmi Mittal. "O ano começou com demanda melhor em todos os principais mercados, o que terá um impacto positivo no segundo trimestre."
Os preços do minério de ferro estão em alta acentuada no mercado à vista e as três maiores mineradoras do mundo - Vale, BHP Billiton e Rio Tinto - anunciaram nos últimos meses que estão fechando a maior parte de seus contratos num base trimestral, o que representa uma mudança em relação ao sistema de fixação anual de preços que persistiu por décadas.
As siderúrgicas reclamam, afirmando que isso tornará os preços mais voláteis, e a Arcelor disse que está discutindo com seus clientes a possibilidade de mudar os contratos de fornecimento de seus produtos para ficar em linha com o novo sistema praticado pelas mineradoras. As informações são da Dow Jones.
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