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Argentina pede a Chile e Brasil autorização à Aerolíneas

Por MARINA GUIMARÃES e CORRESPONDENTE
Atualização:

O governo da Argentina pediu "reciprocidade" ao Chile e ao Brasil para a estatal Aerolíneas Argentinas e negou que a expulsão da LAN do hangar no Aeroparque tenha o objetivo de tornar inviável a operação no país. "Apenas estamos pedindo ao Chile e ao Brasil os mesmos benefícios que a LAN tem na Argentina para que Aerolíneas Argentinas possa realizar voos domésticos, e lhe proporcionem hangares em seus aeroportos, o que nossa companhia de bandeira não possui atualmente", afirmou o ministro do Interior e Transportes, Florencio Randazzo, nesta quinta-feira, 29.De acordo com Randazzo, a administração argentina "não quer expulsar nenhuma linha aérea que opera no país". As declarações foram feitas após reunião entre o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, com o diretor executivo da LAN Airlines, Ignacio Cueto, para discutir a decisão oficial de despejar a LAN do hangar que ocupa desde 2005 no aeroporto metropolitano Jorge Newberry, de Buenos Aires, conhecido como Aeroparque.A ordem de despejo foi emitida no dia 19, com apenas dez dias de prazo para a execução. No entanto, nesta quarta-feira, 28, a Justiça concedeu limitar à LAN que suspendeu o despejo, enquanto analisa a legalidade da medida oficial. A companhia possui um contrato de uso do hangar que expira somente em 2023.O Poder Executivo argumenta que precisa do hangar para realizar obras de expansão no aeroporto administrado por Aeropuertos Argentina 2000, a mesma empresa concessionária dos aeródromos de Brasília e de Natal. LAN alega que não poderá manter as operações no país sem o hangar, o que provocaria a demissão de 1.500 empregados. Por causa disso, o Executivo argentino pediu à LAN um relatório detalhado das operações e os motivos da inviabilidade das mesmas. De qualquer forma, o ministro do Interior e Transportes da Argentina anunciou que suspenderá as obras no Aeroparque à espera da decisão judicial.Há dois dias, a presidente Cristina Kirchner também havia usado a palavra "reciprocidade" ao se referir ao conflito entre a Casa Rosada e a subsidiária da Latam, companhia aérea de capitais chilenos e brasileiros formada pela fusão da LAN e TAM. Em discurso, Cristina reclamou que nenhum país permite a nenhuma companhia aérea estrangeira realizar voos domésticos, ao contrário da Argentina.

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