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Arroz: água disponível é suficiente para 50% da área em São Borja

Por Agencia Estado
Atualização:

Porto Alegre, 6 - A água disponível para irrigar as lavouras de arroz de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, seria suficiente hoje para cultivar apenas metade dos cerca de 40 mil hectares destinados à cultura, estimou hoje o presidente da Associação dos Arrozeiros do município, Pablo Muniz. Em sua estimativa, Muniz computou a água acumulada nas barragens e as lavouras que utilizam irrigação do rio Uruguai e seus afluentes. Por causa da falta de chuvas, as barragens na Fonteira Oeste estão bem abaixo do nível normal. Na região, 80% da área de arroz estão prontos para o plantio, que ocorre entre outubro e novembro. A expectativa dos produtores é que a intensidade de chuvas fique acima da média em setembro e outubro, para permitir a recuperação das barragens. Segundo a Emater, a falta de chuvas preocupa também municípios produtores de arroz na Campanha e parte da região central do Estado. Alguns produtores estão contratando financiamento para a metade da área programada inicialmente, conforme a Emater, por causa da preocupação com o clima. No mercado, o preço médio do arroz ao produtor (R$ 30,16 pela saca de 50 quilos) teve uma pequena queda de 0,86% na semana passada, em relação à anterior, num movimento atípico para o período de entressafra. Para a Emater, a redução pode ser efeito de dois fatores: a retirada do Pis/Cofins, a partir de julho, e seu efeito sobre o arroz esbramado (parcialmente beneficiado) importado da Argentina e Uruguai. O produto esbramado desses países também ficou isento do Pis/Cofins, o que faz com que a saca de arroz seja ofertada a R$ 26,00.

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