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Ata do Copom cita impasses na política fiscal nos EUA ao falar de volatilidade

De acordo com o documento, o alto desemprego na Europa, aliado aos esforços de consolidação fiscal e a incertezas políticas, traduzem-se em recuo dos investimentos e em baixo crescimento 

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast), Eduardo Cucolo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - O Comitê de Política Monetária (Copom) avalia que, na economia global, ainda prevalece um cenário de baixo crescimento neste ano em importantes economias maduras, principalmente na Zona do Euro, e que indicadores de volatilidade respondem às perspectivas de mudanças na política monetária e aos impasses na política fiscal dos Estados Unidos. A análise internacional consta da ata do Copom, divulgada pelo Banco Central, e que justifica a decisão da semana passada de aumentar a Selic de 9% para 9,50% ao ano.

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De acordo com o documento, as altas taxas de desemprego na Europa, aliadas aos esforços de consolidação fiscal e a incertezas políticas, traduzem-se em recuo dos investimentos e em baixo crescimento.

A ata cita que o indicador antecedente composto, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), referente a agosto, e os indicadores coincidentes PMI, referentes a setembro, no entanto, apontam melhoras na margem em diversas economias avançadas, com perspectivas de crescimento acima da tendência, ao contrário do que ocorre em economias emergentes.

"Em relação à política monetária, nas economias maduras prevalecem posturas acomodatícias. Nas economias emergentes, de modo geral, a política monetária se apresenta expansionista", avaliaram os diretores do BC no documento. Eles enfatizaram ainda que a inflação continua em níveis moderados nos Estados Unidos e na Zona do Euro, e, no Japão, consolida-se acima de zero.

Apesar de repetir que o frágil cenário internacional ainda se apresenta como fator de contenção da demanda agregada, o Copom avalia agora que há "perspectivas de progresso no horizonte relevante". Essa foi a única alteração no texto do parágrafo 31 da ata do Copom divulgada hoje.

Nesse parágrafo, o Banco Central reafirma que a demanda doméstica tende a se apresentar relativamente robusta e que esse ambiente tende a prevalecer neste e nos próximos semestres, quando a demanda doméstica será impactada pelos efeitos remanescentes das ações de política implementadas recentemente.

Repete também afirmações sobre o impacto dos programas de concessão. Reafirma também que decisões futuras de política monetária serão tomadas "com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas".

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