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Segmento de atacarejo tem 2 mil lojas e fatura R$ 230 bilhões ao ano

Crescimento no número de unidades foi maior nas regiões Norte e Sul, além dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro

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Por Fernanda Guimarães
Atualização:

As mais de 2 mil lojas de atacarejo no Brasil faturaram R$ 230 bilhões no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviços (Abaas) e da NielsenIQ. A expansão do número de lojas foi forte: 26% apenas em 2021, especialmente nas regiões Norte e Sul, além dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

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No Norte, o grande nome do segmento é o Grupo Mateus, que tem colocado o pé no acelerador desde que abriu seu capital, em 2020. Hoje, o grupo possui 210 lojas. Mais da metade está no Maranhão, onde a rede foi fundada e detém 80% de participação no setor. 

“Vamos entendendo as novas possibilidades de faturamento e onde é possível entrar com um determinado nível de competitividade. É um equilíbrio das contas e vamos preenchendo as rotas”, diz Sandro Oliveira, diretor executivo da companhia. 

Loja do Grupo Mateus; rede é principal nome do atacarejo na região Norte Foto: Divulgação/Grupo Mateus

Outra “onda” de novas lojas de atacarejo está vindo com a venda dos pontos do Extra Hiper para o Assaí – a bandeira de atacarejo pertence ao francês Casino, mas foi desmembrada do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil. O Assaí, que tem hoje 216 lojas, prevê abrir mais 50 unidades neste ano, número recorde. 

Diretor regional do Assaí, Luiz Carlos Araújo afirma que o modelo tem sido bem recebido por toda a parcela da população. Agora, uma das estratégias é agregar mais serviços às unidades, como o de açougue. “O cliente já exige um padrão melhor, mas não podemos perder a essência, que é de ser de custo baixo”, diz.

Já o GPA desistiu do formato de hipermercado. “Passamos por profundas mudanças e tomamos importantes decisões para o futuro dos negócios do grupo. Iniciamos o ano com a cisão do negócio de atacarejo (Assaí) e finalizamos um ciclo com a descontinuidade do formato de hipermercados do grupo no Brasil, suportados por uma análise de médio e longo prazos das tendências do varejo”, afirma o diretor de operações do GPA, Frederic Garcia.

Foi com a chegada de uma loja perto de casa que a advogada Maria Carolina Garcia mudou suas compras de casa. Na região do Tatuapé, um Extra mudou para Assaí. Grávida no início da pandemia e trabalhando no setor da aviação, um dos mais afetados pela crise, buscou economia no atacarejo. “O que também gosto é que temos a possibilidade de outras marcas não tão famosas, mas também boas”, diz.

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