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Avon vai vender pela internet no Brasil

Americana usa nova linha de maquiagem para entrar no e-commerce no País; demais produtos continuarão sendo vendidos apenas por catálogo

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Por Fernando Scheller
Atualização:
Expansão. Sheri, da Avon: empresa lançou nova linha no País para iniciar venda pela web Foto: Sérgio Castro/Estadão

A gigante americana Avon está preparando sua entrada no e-commerce brasileiro. O 'Estado' apurou que a empresa vai usar a linha de maquiagem Luxe, lançada na semana passada, para estrear na venda pela internet no País. Os demais produtos da Avon continuarão sendo vendidos somente por catálogo, informaram fontes à reportagem.

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A venda pela internet no Brasil - seu principal mercado no mundo - é uma aspiração antiga da multinacional americana, mas a empresa relutava em migrar para o setor com receio de criar concorrência às suas consultoras no País. Em entrevista ao Estado no fim do ano passado, a presidente global da Avon, Sheri McCoy, havia afirmado que a empresa estudava a entrada no e-commerce no Brasil.

Na quinta-feira, durante a teleconferência de divulgação dos resultados da Avon no segundo trimestre, a executiva chefe afirmou que a linha Luxe vai ser destinada a um público de maior poder aquisitivo e será lançada com uma forte campanha publicitária.

O produto também deverá ser incluído nos catálogos de venda direta da empresa. Antes de ser lançada no Brasil, principal mercado da Avon, a Luxe foi testada em outros países, como a Rússia.

A chegada da nova linha vem na esteira da reformulação da linha de maquiagem da marca. Segundo Sheri McCoy, a empresa teve problemas para atender à demanda da consumidora brasileira por esses produtos novos no último trimestre.

Tendência. Ao apostar no comércio eletrônico, a Avon segue uma tendência entre as empresas de venda direta: buscar outros canais de distribuição. É uma tarefa sobre a qual a Natura também vem se debruçando. Líder na venda de cosméticos no Brasil, a empresa criou o projeto de e-commerce Rede Natura, disponível para o Estado de São Paulo desde julho.

A ideia da Natura é criar uma rede de consultores da marca também na internet. Tanto revendedoras que já fazem parte do time do porta a porta da empresa quanto novos interessados podem se cadastrar. Quando o cliente entrar no site da Rede Natura, ele deverá escolher a seção de um consultor. Esse parceiro receberá um porcentual de cada venda.

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A Rede Natura será totalmente operada pela empresa, explica o diretor de inovação comercial da Natura, José de Luca. A empresa processará os pagamentos e se responsabilizará pela entrega. Por isso, a comissão repassada ao consultor, na venda pela web, será bem inferior aos 30% pagos nos catálogos.

Outro projeto da estratégia multicanal da Natura, a abertura de 20 a 30 lojas-conceito pelo País, deverá virar realidade em 2015, segundo o executivo. O projeto vem sendo adiado constantemente pela empresa, embora o ponto, na esquina da Oscar Freire e da Haddock Lobo - nos Jardins, região nobre de São Paulo -, tenha sido alugado pela companhia de cosméticos há mais de um ano.

Maior varejista do setor de beleza do País, O Boticário entrou há dois anos no terreno da Natura e da Avon com o início da operação de venda direta. A empresa também mantém um e-commerce tradicional.

A Avon não quis comentar sua entrada no novo segmento.

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