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Azul prevê ter certificado para voar em seis meses

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Por Redação
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O vice-presidente operacional da Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, nova companhia criada pela norte-americana JetBlue no Brasil, Miguel Dau, deu entrada nesta quinta-feira no pedido de autorização para o início de operação da companhia. Segundo ele, em no máximo seis meses o Certificado de Homologação de Empresas de Transporte Aéreo (Cheta) deverá ficar pronto. "A certificação será mais rápida porque vamos operar com aviões brasileiros e zero quilômetro, não precisamos nacionalizar nada, ganhamos aí uns dois meses em relação a outros processos", disse o executivo após dar entrada no documento na sede da agência reguladora do setor, a Anac. Os três primeiros aviões da empresa, todos Embraer 195, serão entregues em dezembro, segundo Dau, e o início das operações está previsto para os primeiros meses de 2009. A sede da empresa deverá ser em São Paulo e até o final do ano 400 funcionários serão contratados. Mesmo antes de decolar, o representante da novata do setor já demonstra preocupação com a alta do petróleo e o reflexo no querosene de aviação, que no ano já acumula alta de 19,9 por cento. "É algo preocupante, cada vez mais o conceito 'low cost' tem que ser um dogma das empresas aéreas, mas isso não mudará a estratégia da empresa", afirmou Dau. Segundo anúncios feitos anteriormente, a Azul seguirá o esquema inaugurado pela Gol no Brasil, de baixas tarifas e custos, mas terá um serviço de bordo mais elaborado. "Nossa empresa não terá barra de cereal, será "snack" e grelhados", afirmou. Ele informou ainda que a Azul vai operar em rotas alternativas, buscando nichos ainda pouco explorado pelas maiores, e portanto ficarão de fora da ponte aérea Rio-São Paulo, onde segundo Dau não existem 'slots' (espaços para pouso e decolagem) disponíveis. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; Edição de Cláudia Pires)

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