Publicidade

Balança comercial do Japão surpreende com superávit de US$ 896 mi

Resultado de junho foi a primeira leitura positiva do indicador em três meses

Por Hélio Barboza e da Agência Estado
Atualização:

O Japão apresentou surpreendente superávit comercial em junho, de 70,7 bilhões de ienes (US$ 896,639 milhões), segundo dados divulgados pelo Ministério das Finanças. É a primeira leitura positiva do indicador em três meses, já que a economia do país - dependente de exportações - ainda se recupera do terremoto e tsunami de 11 de março.

PUBLICIDADE

As exportações tiveram redução moderada de 1,6% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, depois de quedas de dois dígitos em abril e maio. Os economistas esperavam uma diminuição de 4%. As importações aumentaram 9,8%, no 18º mês consecutivo de expansão, mas abaixo dos 11% previstos pelos economistas.

O superávit no comércio de bens se contrapõe a um déficit de 148,6 bilhões de ienes (US$ 1,884 bilhão) estimado pelos economistas, numa consulta das agências Dow Jones e Nikkei, e foi registrado depois de déficits de 855,8 bilhões de ienes em maio e de 467,7 bilhões de ienes em abril.

Os dados confirmam as opiniões de economistas do governo e do setor privado de que as principais companhias estão se recuperando mais rapidamente do que o esperado das interrupções nos canais de fornecimento que repercutiram pela economia em seguida às catástrofes, bem como da consequente crise de energia nuclear.

A despeito dos sinais encorajadores, os analistas dizem que os dados mostram que a economia ainda tem um caminho a percorrer para uma recuperação plena. O superávit global representou uma queda de 89,5% em relação ao de junho do ano passado.

As exportações para a China cresceram 1,2% na comparação com junho de 2010, a primeira alta em três meses, enquanto as vendas para a União Europeia avançaram 8%, também o primeiro aumento em três meses. As exportações para os EUA caíram 6,1% na mesma comparação, mas o declínio foi menor do que a redução de 14,6% verificada em maio. As informações são da Dow Jones. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.