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Balanços corporativos e possível fusão levantam Wall Street

Por ANGELA MOON
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As bolsas de valores dos Estados Unidos terminaram valorizadas nesta terça-feira, depois que os balanços de Wal-Mart e Home Depot, combinados com uma possível fusão de 39 bilhões de dólares no setor de fertilizantes, turbinaram a confiança nas perspectivas corporativas. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,01 por cento, para 10.405 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,26 por cento, para 2.209 pontos. O Standard & Poor's 500 ganhou 1,22 por cento, para 1.092 pontos. As duas gigantes do setor varejista reportaram resultados que superaram as expectativas, impulsionando o Dow. As ações do Wal-Mart Stores subiram 1,9 por cento, e as da Home Depot ganharam 4,8 por cento. "Tem havido um cabo de guerra entre fracos dados macroeconômicos e fortes resultados corporativos. Hoje os balanços finalmente venceram", disse John Praveen, estrategista-chefe de investimento da Prudential International Investments Advisers LLC, em Nova Jersey. O noticiário macroeconômico foi desencontrado. A produção industrial nos EUA e os preços no atacado subiram, aliviando temores de deflação. Contudo, o início das construções no país sugeriu que o setor imobiliário segue fraco . A maioria dos relatórios divulgados nas últimas semanas indicou uma desaceleração na retomada, levando investidores a se afastar do mercado de ações. O setor de matérias-primas teve uma performance bem melhor que a do mercado como um todo, após a BHP Billiton fazer uma oferta de 39 bilhões de dólares para adquirir a Potash Corp of Saskatchewan. A maior produtora mundial de fertilizantes rejeitou a proposta, classificando-a como inadequada . Os papéis da Potash listados nos EUA dispararam 27,7 por cento. A também produtora de fertilizantes CF Industries saltou 4,7 por cento, depois que o Goldman Sachs melhorou a avaliação do papel da companhia. O índice de matérias-primas do S&P ganhou 2,3 por cento. "O crescimento no mercado de fusões e aquisições mostra que os executivos das empresas estão mais confiantes na perspectiva para a economia e estão querendo começar a reduzir parte das elevadas provisões construídas nos últimos meses", afirmou Michael Sheldon, estrategista-chefe de mercado da RDM Financial, em Westport, Connecticut. (Reportagem adicional de Leah Schnurr e Doris Frankel)

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