A Hungria elevou sua taxa de juro pela terceira vez em três meses, como era esperado pela maioria dos analistas, por causa das preocupações com a inflação. O comitê de política monetária do banco central aumentou a taxa dos títulos de duas semanas para bancos comerciais 0,25 ponto porcentual, de 6% para 5,75%. O banco central prevê que a inflação vá superar sua meta de médio prazo de 3% nos próximos dois anos.
A decisão sobre o juro deve acirrar os atritos entre o banco central, que defende a meta de inflação, e o governo, cujo principal objetivo é reativar a economia. Esta reunião de janeiro foi a última antes de o governo anunciar seu esperado plano fiscal com foco no corte de gastos. Em fevereiro também, o comitê econômico do Parlamento fará suas nomeações para o comitê de política monetária.
Segundo analistas, a substituição de quatro dos sete membros do comitê de política monetária vai aumentar a incerteza sobre as próximas decisões do banco central. Se houver uma reversão das recentes altas dos juros, o país corre o risco de perder seu grau de investimento, opinam analistas. As três grandes agências de rating rebaixaram a Hungria no ano passado para um nível acima do grau especulativo alegando temores com a sustentabilidade fiscal e da dívida.
As informações são da Dow Jones.