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Bancos dos EUA têm US$ 176 bi em exposição a países europeus fracos

 Do total, US$ 82 bilhões estão na Irlanda, US$ 68 bilhões, na Espanha, US$ 18 bilhões, na Grécia e US$ 8 bilhões, na  Portugal

Por Danielle Chaves e da Reuters
Atualização:

Os maiores bancos dos EUA têm um total de US$ 176 bilhões em exposição a quatro países europeus cujos problemas de dívida preocupam os mercados financeiros globais nos últimos dias. De acordo com um relatório do Barclays Capital, 73 grandes bancos norte-americanos têm exposição de US$ 82 bilhões à Irlanda, US$ 68 bilhões à Espanha, US$ 18 bilhões à Grécia e US$ 8 bilhões a Portugal.

 

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O relatório afirma que o nível de exposição é relativamente baixo e sugere que os bancos enfrentam risco limitado porque boa parte do montante tem colaterais. "A maior parte dessa exposição, que inclui transações garantidas de baixo risco como acordos de recompra, está concentrada nos 10 maiores bancos dos EUA", disseram os analistas Jonathan Glionna e Miguel Crivelli, do Barclays.

 

"No total, a exposição a esses quatro países representa aproximadamente 5% da exposição externa total dos bancos dos EUA", acrescentaram os analistas. O ônus da dívida dos quatro países se tornou o foco dos mercados financeiros globais nas últimas semanas.

 

Apenas dois grandes bancos norte-americanos - JPMorgan Chase e Bank of New York Mellon - divulgam a exposição a cada país. Citando os relatórios anuais dos bancos, os analistas disseram que o JPMorgan tem US$ 18,4 bilhões em exposição à Espanha e o BNY tem US$ 2,32 bilhões em exposição à Irlanda.

 

"A preocupação com relação ao crédito de Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha está elevada", observa o relatório. "Ultimamente isso afetou os spreads dos bancos, que permanecem voláteis e sensíveis à tolerância do mercado ao risco", acrescenta.

 

Embora "o risco direto dos grandes bancos dos EUA relacionado a Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha seja modesto", o Barclays afirma que "o risco soberano tem suplantado o risco regulatório como o foco principal dos detentores de bônus dos bancos". As informações são da Dow Jones.

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