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Bancos e credores querem adiar assembleia da Oi em um mês

Instituições como BB,Caixa, BNP Paribas eAurelius pedem mais tempo para avaliar plano de reestruturação da tele

Foto do author Cynthia Decloedt
Foto do author Circe Bonatelli
Por Cynthia Decloedt (Broadcast), Circe Bonatelli (Broadcast) e Anne Warth
Atualização:

SÃO PAULO E BRASÍLIA – Bancos públicos e privados, além de parte dos credores internacionais da Oi, protocolaram, na quarta-feira, 18, na 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pedido de adiamento da assembleia dos credores da tele, originalmente marcada para o dia 23. Eles querem remarcar a reunião para o dia 27 de novembro para que possam avaliar o plano de reestruturação da operadora e ganhem tempo para apresentar uma proposta alternativa.

O pedido foi protocolado por Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Caixa, BNP Paribas, o fundo GoldenTree, as gestoras Capricorn e Syzygy (ambas ligadas ao fundo abutre Aurelius), além do Citadel Equity Fund e o Canyon Capital Finance.

Se o pedido de adiamento for confirmado pela Justiça do Rio, vai desagradar a direção da Oi e parte dos acionistas. Foto: Felipe Rau/Estadão

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Se o pedido de adiamento for confirmado pela Justiça do Rio, vai desagradar a direção da Oi e parte dos acionistas, que, segundo fontes, defendiam a realização da assembleia como forma de reunir todos os credores em um único local e de fomentar a discussão dos possíveis ajustes que tornarão viável o plano de recuperação da companhia.

Além disso, dizem essas fontes, o adiamento contribuiria para prolongar ainda mais a insegurança sobre o desfecho do longo processo de recuperação judicial, que se arrasta desde junho de 2016, com dívidas de R$ 64,5 bilhões.

Governo. O governo, que chegou a estudar fazer intervenção na operadora, está preocupado com o desfecho que essas discussões podem ter. Na segunda-feira, o Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai se reunir em reunião extraordinária para discutir a proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Oi.

No encontro, a agência deverá propor a possível troca de multas da Oi por investimentos na rede, questão que ainda não está definida entre os membros da própria agência. A Anatel calcula dívidas totais da operadora com o governo em torno de R$ 20 bilhões.

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