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BB deve fechar ano com R$ 1 trilhão em ativos, diz Bendine

Com montante, instituição financeira se consolida como a maior da América Latina e uma das maiores do mundo  

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O Banco do Brasil deve fechar o ano com ativos de R$ 1 trilhão, segundo o presidente do banco, Aldemir Bendine. Para ele, o banco está no momento com um tamanho confortável. Com esse montante de ativos, o BB se consolida como maior instituição financeira da América Latina e uma das maiores do mundo.

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Sobre uma eventual capitalização, Bendine disse que o BB não fará novas chamadas de capital no curto prazo. "Estamos capitalizados", disse o executivo.

Sem citar número, o presidente do BB também ressaltou que não está ocorrendo aumento das taxas de inadimplência no banco. Ele disse que os dados serão divulgados junto com o balanço do segundo trimestre.

Para o crédito, Bendine projeta que o sistema financeiro cresça este ano na casa dos 15%, abaixo dos 20% previstos inicialmente. O executivo também vê uma tendência de mudança da composição da carteira de crédito do sistema financeiro nacional, com operações de menor risco, como consignado e financiamento imobiliário, ganhando mais espaço.

Bendine descartou a existência de uma bolha de crédito no Brasil. "Os bancos não estão dando crédito para comprar produtos supérfluos", disse o executivo, destacando que muitas pessoas estão tomando dinheiro no banco para comprar seu primeiro carro ou imóvel.

Clientes

O Banco do Brasil quer crescer na base da pirâmide e traçou um plano para aumentar suas operações junto ao público da classe E. Só dentro do banco, são 36 milhões de clientes nesse segmento, mas que pouco usam os produtos e serviços da instituição, segundo Bendine. "O maior desafio hoje é rentabilizar a base de clientes."

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Para essa estratégia, o BB vai usar o Banco Postal como forma de ampliar os serviços para este público. Bendine disse que a compra do banco foi bem planejada e vai permitir economia de custos com expansão da rede própria do BB. Segundo ele, a grande importância do Banco Postal para o BB não é a vinda de novos clientes, mas será uma forma de rentabilizar uma base de pessoas que já está dentro do Banco do Brasil, expandindo sua rede de atendimento. O Banco Postal tem mais de 6,2 mil pontos no Brasil.

Pesquisas do banco constataram que o cliente da baixa renda quer um ponto de atendimento físico e que o banco público tinha pouca presença em alguns locais do Brasil. O BB constatou que não explorava adequadamente os clientes de menor renda. Na classe E, 98% da margem de contribuição vêm de apenas 20% das pessoas. "Temos uma mina de ouro na nossa base de clientes", disse o vice-presidente de varejo do banco, Alexandre Abreu, que participa hoje de uma apresentação aos investidores na Apimec.

Segundo Abreu, o Banco Postal vai permitir que o BB alcance em 2012 uma presença de 100% dos municípios brasileiros, uma rede que o banco só alcançaria com investimentos próprios de R$ 1,8 bilhão em 2015. "O Banco Postal caiu como uma luva dentro da nossa estratégia de aumentar a rentabilização das classes de menor renda."

Essa estratégia vem sendo chamada internamente de "revitalização do varejo" ou "BB 2.0" e inclui uma série de melhorias no atendimento aos clientes e na rede de agências, como reforma e mudança do layout. O objetivo, segundo Abreu, é tornar o atendimento mais rápido e eficiente, economizando tempo do funcionário e da pessoa atendida, conseguindo com isso melhor rentabilidade.

Para o Banco Postal, o executivo diz que o BB está tranquilo quanto ao prazo para começar as operações. O banco terá pouco mais de seis meses, pois o início do contrato é em janeiro de 2012. "Fizemos a fusão e integração da Nossa Caixa em dez meses, sem causar transtornos aos clientes e com alto índice de satisfação, ao contrário do que vimos em outras fusões recentes no mercado bancário brasileiro."

(Texto atualizado às 20h)

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