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BC está atento aos riscos da dívida americana, diz Tombini

Presidente da instituição acredita que discussão sobre a elevação do teto da dívida norte-americana será resolvida, sem impactos maiores sobre a economia mundial

Por Daniela Amorim (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira, 27, que tem acompanhado os riscos de um possível rebaixamento da nota de risco soberano dos Estados Unido, mas que acredita que a discussão sobre a elevação do teto da dívida norte-americana será resolvida, sem impactos maiores sobre a economia mundial e sobre o Brasil.

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"Nós estamos entendendo que essa questão será resolvida a tempo, no sentido de que não haja interrupção no pagamento da dívida americana, essa é a visão do Banco Central, é a visão do Brasil. Obviamente que nós acompanhamos a situação com atenção e veremos aí os desdobramentos nos próximos dias. Mas a nossa conclusão hoje é de que a situação será superada", disse o presidente do BC, após participar de palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente do BC, um eventual rebaixamento da nota dos Estados Unidos não deve mudar a política de reservas do Brasil. Parte das reservas brasileiras é constituída por títulos americanos. "O Brasil tem um nível de reservas hoje que está adequado às nossas necessidades. Nós temos cerca de 14% a 15% do Produto Interno Bruto em reservas internacionais", disse Tombini.

"Comparado com as economias dos Brics, por exemplo, a China tem 47% do PIB, a Índia tem 30%, a Rússia em torno de 20 e poucos por cento do PIB em reservas, e o nosso nível, de 14%, 15%, é um nível adequado. Mas a nossa política de investimentos de reservas é bem definida, pega as melhores práticas internacionais, quais sejam. Primeiro (vem a) segurança, segundo liquidez e, por último, rentabilidade. Essa é a política e ela vai continuar sendo dessa forma", afirmou.

O presidente do BC disse que o governo está preparado para proteger a economia em caso de calote da dívida americana ou rebaixamento da nota dos EUA. "O governo brasileiro já sinalizou que está atuando no sentido de conter riscos, no sentido de proteger a economia brasileira desse ambiente internacional, que tem se deteriorado recentemente. Obviamente que se houver necessidade, nós teremos condições, nós saberemos atuar", garantiu Tombini.

(Texto atualizado às 14h58)

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