26 de novembro de 2012 | 20h13
Com Belo Monte, os cinco maiores projetos aprovados pelo BNDES, todos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), somam R$ 57,1 bilhões, considerando aprovações desde 2008.
O valor anunciado supera em mais que o dobro o financiamento à Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em Pernambuco, aprovado em 2009, no valor de R$ 9,9 bilhões. Já a construção da usina nuclear Angra III, no litoral sul do Estado do Rio, teve financiamento de R$ 6,1 bilhões, aprovado em 2010.
Belo Monte também receberá mais do que a soma das duas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia: Santo Antônio teve empréstimo de R$ 6,1 bilhões, aprovado em 2008, e Jirau teve R$ 9,5 bilhões, incluindo uma suplementação de R$ 2,3 bilhões aprovada em setembro passado.
O total dos empréstimos nos cinco projetos poderá subir. A chefe do Departamento de Energia do BNDES, Marcia Leal, informou que há a possibilidade de a usina de Santo Antônio também receber um adicional, se o projeto for ampliado. "Se ele tiver a capacidade de pagamento ampliada e necessitar de investimentos adicionais, não tem porque não", disse.
A usina de Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233 megawatts (MW), terceira maior do mundo. A previsão é que comece operar em fevereiro de 2015, com conclusão total em janeiro de 2019. Apesar das interrupções nas obras por decisões da Justiça e protestos, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do BNDES, Roberto Zurli, destacou que o cronograma está mantido, embora sejam normais "percalços ao longo do caminho".
O consórcio Norte Energia S.A. é formado pelas elétricas Eletrobrás, Chesf, Eletronorte, Neoenergia, Cemig, Light e J. Malucelli Energia; pelos fundos de pensão Petros (da Petrobrás) e Funcef (da Caixa); pela mineradora Vale e pela siderúrgica Sinobrás.
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