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Bertin diz que regularizará usinas com Chesf antes do prazo da Aneel

Grupo desmente os rumores de que estaria sendo negociada a venda dos ativos das usinas Maracanaú e Borborema para a Chesf

Por Karla Mendes e da Agência Estado
Atualização:

O Grupo Bertin garantiu nesta quarta-feira, 25, que regularizará a situação das usinas termoelétricas de Maracanaú e Borborema junto à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) antes de 6 de junho - prazo fixado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sob pena de revogação da autorização das usinas. A informação foi dada há pouco pela assessoria de imprensa do grupo à Agência Estado.

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Segundo a empresa, a solução do imbróglio e a manutenção da autorização das duas usinas é estratégica para o Bertin, sobretudo do ponto de vista de negócio. Por essa razão, o grupo desmente os rumores que tomaram conta do mercado nos últimos dias de que estaria sendo negociada a venda dos ativos das duas usinas para a Chesf.

Na última a diretoria da Aneel concedeu prazo até 6 de junho para que o grupo Bertin regularize a situação das usinas, ao analisar recurso da empresa contra decisão que revogava a autorização das termoelétricas. Caso a regularização não ocorra até a data estipulada, serão revogadas as autorizações concedidas pelo Ministério de Minas e Energia para que as usinas atuem como produtores independentes de energia elétrica.

A dívida do Bertin junto à Chesf soma R$ 170 milhões, o equivalente a cerca de 60% de toda a inadimplência na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que está na casa dos R$ 280 milhões. O diretor Edvaldo Santana, relator do processo na Aneel, explicou ontem que essas usinas eram para entrar em operação em janeiro de 2010 e, como não cumpriram o cronograma, substituíram os contratos comprando lastro da Chesf, mas depois ficaram depois pararam de pagar. Segundo Santana, o Bertin deixou de pagar a Chesf a partir de julho e que as usinas entraram em operação no final de 2010.

Na ocasião, Luiz Eduardo Barata, presidente do Conselho de Administração da CCEE, afirmou que a decisão da Aneel resolve um volume "considerável" da inadimplência na câmara. Sem citar nomes, ele lembrou ainda que cerca de 25% do total da inadimplência da CCEE refere-se a um grupo de sete usinas de um mesmo grupo - fontes do mercado afirmam que é o grupo Bertin. Segundo Barata, dos 18 agentes inadimplentes na CCEE, 16 estão em processo de desligamento.