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BID empresta US$269 mi para usinas de álcool em GO e MG

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Por Redação
Atualização:

O conselho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou na quarta-feira empréstimo de 269 milhões de dólares para três usinas de álcool no Brasil, o maior aporte em biocombustíveis já feito pelo banco. A instituição também ajudará a levantar mais 379 milhões de dólares junto a bancos comerciais para investimentos em álcool combustível, informou o BID em um comunicado. Os projetos beneficiados estão situados nos Estados de Minas Gerais e Goiás, segundo o banco. As três usinas estão sendo construídas pela Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA), uma joint venture constituída pela produtora de açúcar brasileira Santelisa Vale, fundos de investimento privados norte-americanos e a Global Foods, uma holding registrada nas Antilhas Holandesas. "Na situação atual de altos preços de alimentos e energia, é fundamental desenvolver combustíveis renováveis que não compitam com o cultivo de alimentos", disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, de acordo com comunicado. "Depois de examinar as dimensões sociais, econômicas e ambientais desses projetos por mais de um ano, concluímos que eles produzirão energia limpa e sustentável e proporcionarão empregos de qualidade, sem nenhum impacto sobre os preços dos alimentos." Segundo o BID, a construção de duas das três usinas está quase concluída e a produção de etanol deve começar em setembro. As usinas de Ituiutaba e Campina Verde, em Minas Gerais, e de Itumbiara, em Goiás, terão, cada uma delas, capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 2,7 milhões de toneladas por ano e uma usina de cogeração de 56 megawatts, movida a bagaço de cana. De acordo com o BID, as usinas usarão colhedoras mecanizadas para mais de 90 por cento da área cultivada e criarão cerca de 4.500 empregos. A produção será de 420 milhões de litros de etanol por ano para o mercado interno. Para Sylvia Larrea, líder da equipe do projeto para o empréstimo do BID, o projeto é um marco na história dos financiamentos para as indústrias de açúcar e etanol do Brasil. "Ao oferecer um empréstimo com durações de até 15 anos e mobilizar o financiamento privado de prazo mais longo, estamos enviando ao mercado um sinal claro da viabilidade e das perspectivas do setor de biocombustíveis", disse ela. "Esse tipo de financiamento abre o caminho para um novo nível de expansão e consolidação da indústria de biocombustíveis brasileira e esperamos que possa levar a novos investimentos também em outros países da América Latina." (Por Adriana Garcia)

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