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Blackrock destaca atenção para resultados da Petrobras

Por Mariana Durão
Atualização:

A adoção da chamada ''contabilidade de hedge'' pela Petrobras reduz a volatilidade das ações no curto prazo, mas é insuficiente para alterar a visão do investidor de longo prazo sobre a companhia. A análise é de Will Landers, gestor de fundos ativos da BlackRock na América Latina. "O que a gente espera para ficar mais positivo com Petrobras não é uma mudança de contabilidade, mas de resultado", disse Landers, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Para Landers, a mudança depende do que a presidente da estatal, Graça Foster, conseguirá entregar em termos operacionais. A BlackRock mantém, nos fundos geridos pelo executivo, a classificação da Petrobras como underway, isto é, abaixo da performance do índice Emerging Markets Latin America. Landers prefere não classificar a alteração contábil da Petrobras de "criativa" por considerar que está em linha com os padrões de contabilidade internacional. "Mas, sem dúvida (a mudança), vai ajudar na meta do governo de arrecadar mais divisas através de dividendos altos", disse. A nova diretriz contábil, ressaltou, foi adotada em meio a um trimestre em que a companhia promete publicar resultados piores devido à desvalorização do real. A mudança diminuirá de imediato o impacto da contabilidade da dívida em dólares.Para o gestor da BlackRock, a alta das ações da Petrobras no dia seguinte à divulgação da mudança contábil refletiu a maior capacidade de a companhia pagar dividendos. "Acho que a Petrobras diminuiu um pouco dessa volatilidade, o que é bom. Estamos olhando bem de perto o trabalho que a presidente Graça Foster vem fazendo. Este segundo semestre vai ser um período em que a companhia terá que começar a mostrar resultado na parte produtiva", declarou o executivo.

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